A população brasileira corre o risco de sofrer com a falta de produtos nas prateleiras dos mercados. Levantamento realizado pela Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária) aponta que os estoques médios de alguns alimentos estão abaixo dos 20% necessários no país.
De acordo com a pesquisa, a sociedade não chegou a fase da crise alimentar ainda, porque o consumo está parado devido a fome, ao alto desemprego e a queda da renda das famílias. Mas, o Brasil precisa de medidas emergenciais direcionadas à produção de alimentos, no período de pandemia de Covid-19.
Entre os alimentos com baixo estoque nos cinco primeiros meses de ano está o feijão com reserva atual de 160 toneladas, marca 53 vezes menor do que o consumo total do país. A quantidade do arroz é a mais escassa, com 21,5 mil toneladas, o que representa menos de um dia do consumo total do produto.
Outras mercadorias apresentam um quadro ainda mais grave, como o trigo, matéria-prima típica para fabricação de pães e outros alimentos. O estoque médio é de 1,5 mil toneladas. O índice precisaria ser ampliado 21 vezes para garantir um dia de consumo nacional.
Nos primeiros quatro meses deste ano, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apresentou variação de 0,22%. O índice da "alimentação no domicílio" saltou 3,94%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Também houve aumento no preço médio em alguns alimentos, como da cenoura (97%), tomate (52%), cebola (49%), a batata subiu 42%, o feijão, 23%, e banana, 20%.
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