Se por um lado o Dia dos Namorados é uma das datas mais comemoradas por aqui, inclusive no comércio, por outro, o Dia dos Solteiros quase passa despercebido. Muita gente, inclusive, nem sabe que ele existe.
E se considerarmos que no Brasil existem mais de 80 milhões de solteiros, esta deveria ser uma ocasião bem difundida, não é mesmo? Acontece que pouco se sabe sobre sua origem – como quem, quando ou por quê foi criada.
Levando em conta a melancolia que antecede o Dia dos Namorados a muitos solteiros e o fato de tanta gente buscar incessantemente por uma companhia, a terapeuta tântrica Marquesa Chandrakant incentiva a celebração do Dia dos Solteiros.
‘Vivemos buscando por pessoas para suprir o nosso grande vazio interno, mas este é um ‘buraco’ ligado a nossa própria existência. Nós procuramos fora algo que precisamos encontrar dentro de nós. Queremos alguém para suprir nossas necessidades, que tantas vezes nem sabemos quais são e, por conta disso, iniciamos relacionamentos nos quais nos anulamos, projetamos demais, esperamos muito...’, diz Marquesa Chandrakant.
Para a terapeuta, o autoconhecimento é fundamental: ‘Temos medo da solidão, porque ela está ligada à escuridão, ao lado negativo da solitude e isso precisa ser ressignificado. Quando abraçamos nossa solidão, não sofremos por isso. Dedicamos a nós mesmos tudo aquilo que acabamos fazendo pelos outros e, assim, nos conhecemos muito mais’.
Marquesa Chandrakant propõe um exercício para este Dia dos Solteiros, celebrado em 15 de agosto, sábado agora: que quem for solteiro, aproveite a ocasião para ter um date consigo, preparar e organizar este encontro como se fosse sair com outra pessoa.
‘Tome um banho demorado, sem pressa, passe um hidratante no corpo, escolha sua melhor roupa, fique bem para você. Pode preparar uma refeição ou pedir um delivery que goste muito, escolha um filme que tem vontade de ver, tome uma bebida, ouça e dance suas músicas favoritas...’, sugere.
A indicação é de aproveitar ao máximo o momento, com atenção plena, atenta/o a todos os sentidos e sensações – da escolha do perfume ao movimentar do corpo enquanto dança, focando-se em cada coisa, sem distrações externas, como uma série de selfies para compartilhar nas redes sociais o quanto você se ama. A ideia não é essa e, sim, curtir a própria companhia e se descobrir cada vez mais.
O medo da solidão faz com que não aproveitemos ao máximo nossos momentos de solitude, mas é quando nos descobrimos satisfeitos com nossa própria companhia que vale a pena (ou não, tudo é questão de escolha) decidir compartilhar a vida com outra pessoa.
‘Quando estar só não te assusta mais, você escolhe com mais propriedade sobre estar ou não em um relacionamento. Você não se envolve com ninguém por carência, pressão social ou qualquer outro aspecto negativo e, aí, sim, vivencia um relacionamento saudável’.
Colaboração: terapeuta tântrica Marquesa Chandrakant (www.instagram.com/marquesachandrakant)
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