Dia Mundial da DPOC chama atenção para o tratamento da doença; DPOC deve se tornar a terceira principal causa de morte em 2020
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que se caracteriza por uma síndrome clínica que compreende a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, tem nesta sexta-feira, 20, o dia dedicado à prevenção e tratamento da doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 210 milhões de pessoas no mundo têm DPOC e a estimativa é de que a doença se torne a terceira principal causa de morte neste ano.
Na Bahia, até o inicio do mês de novembro de 2020, foram registrados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 1.620 mortes por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. As mortes foram em sua maioria (774) de idosos acima dos 80 anos.
Entre os sintomas mais comuns da DPOC, estão a falta de ar durante esforços, tosse, expectoração e cansaço, que aparecem quando a inflamação dos brônquios e o excesso de muco dificultam a passagem do ar, causando perda progressiva da função pulmonar.
De acordo com a pneumologista, Dra. Larissa Voss Sadigursky, a doença inclui o diagnóstico de bronquite obstrutiva crônica e enfisema. No entanto é possível que algumas pessoas desenvolvam ambos os distúrbios.
Dra. Larissa, no entanto, explica a diferença entre eles. "A bronquite crônica é definida como tosse que produz escarro repetidamente durante dois anos consecutivos. Enquanto a bronquite crônica envolve obstrução do fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crônica", pontua.
Já sobre o enfisema, a especialista explica que ele é a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares e o alargamento de muitos dos alvéolos. "Essas paredes são as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões", informa.
A DPOC, no entanto, encontra na exposição ao tabaco, à poluição, gases e substâncias tóxicas, os principais fatores de risco para a doença. Estes fatores levam ao agravamento da asma, além de contribuir para a incapacidade pulmonar.
Por ser uma doença crônica, a DPOC não possui cura, no entanto os tratamentos disponíveis atuam retardando a progressão da doença. Em longo prazo, ela deve ser controlada com medicações, definidas pelo médico mediante a gravidade do caso. "Grande parte dos pacientes tomam remédios que auxiliam na limpeza das vias aéreas, facilitando a respiração, e diminuindo a inflamação ou aumentando o crescimento e a reparação tecidual", explica Dra. Larissa.
"É fundamental consultar um médico pneumologista para diagnóstico e tratamento adequados. A fisioterapia e os exercícios físicos com orientação profissional adequada de um fisioterapeuta também são aliados do paciente. Em casos de pessoas que começaram a perder o fôlego ou ficam ofegantes durante um exercício físico, por exemplo, ou que têm tosse repetitiva ou algum histórico de exposição à fumaça, devem fazer a espirometria. O exame é rápido, indolor e não é invasivo", acrescenta.
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