Nesta quarta-feira, dia 1º de junho, é comemorado o Dia Mundial do Leite, um dos seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira. Na Bahia, com o apoio do Governo do Estado, por meio das unidades da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), agricultores e agricultoras têm obtido grandes resultados tanto na sua capacidade de produção quanto na ampliação das vendas.
Os recursos são aplicados na construção e requalificação de agroindústrias, apoio para cerca de 50 laticínios, aquisição de máquinas e equipamentos, de veículos, de mudas de palma, na assistência técnica e extensão rural (Ater) e para a melhoria na base de produção e gestão do empreendimento, abrangendo a área de vendas do produto, entre outras ações.
Somente pelo projeto Bahia Produtiva, estão sendo investidos R$ 62,6 milhões no sistema produtivo do leite, melhorando a vida dos produtores. No município de Lagoa Real e municípios circunvizinhos, por exemplo, agricultores e agricultores familiares da Cooperativa dos Produtores de Leite e Cereais de Lagoa Real estão colhendo os frutos dos investimentos. Foram R$ 3,2 milhões destinados para o melhoramento genético do rebanho, com inseminação artificial e a melhoria na estrutura para a higiene, ordenha e alimentação do rebanho.
Faz ainda parte do projeto assistência técnica e extensão rural (Ater), assistência técnica em gestão (Ateg) e aquisição de equipamentos, com novas tecnologias, que estão viabilizando e qualificando a produção, não só do leite pasteurizado, mas também de iogurte, queijo e manteiga, comercializados em Lagoa Real e em municípios vizinhos.
O presidente da cooperativa, José Anselmo de Freitas Júnior, fala das melhorias que impactam diretamente no bolso do produtor. “A gente hoje já tem animais nascidos nas propriedades com a produção de 30 a 35 litros, por conta desse trabalho de melhoramento genético do rebanho, de cerca de três anos. Antes ficava na faixa de 10 litros”
Em Jeremoabo, na comunidade de Barroca, a produção aumentou em mais de 200% e o leite foi valorizado. A produção da Associação Comunitária da Barroca, que antes era de 300 litros de leite por dia, hoje chega a mil litros. A venda era feita para atravessadores por R$ 0,90 a R$ 1 o litro. Hoje, todo o leite é vendido para o laticínio Sertaneja, localizado na sede do município, por R$ 1,90 o litro.
Lá foi investido R$ 293,8 mil para a aquisição de equipamentos de resfriamento de leite e máquinas agrícolas, como forrageira e distribuição de mudas de palma, para alimentação dos animais, além de promover o melhoramento genético do rebanho.
A agricultora Vera Lúcia da Silva conta que a maioria dos beneficiados ainda não tinha despertado para o potencial do leite na comunidade. “Com a chegada do projeto Bahia Produtiva, a cultura do leite se fortaleceu e passou a ser a nossa principal fonte de renda. Antes, a gente não tinha renda fixa. Está ajudando, não só a nós, que participamos diretamente do projeto, mas aos produtores de toda a região”.
A capital baiana do requeijão, Santa Bárbara, passou a contar com a Unidade de Beneficiamento de Leite, inaugurada neste ano de 2022. A unidade, com investimento de R$ 1,3 milhão, permitirá a pasteurização do leite e a produção de requeijão, queijo, manteiga e iogurte, entre outros derivados.
Entre os equipamentos da nova unidade de beneficiamento de leite estão resfriador, máquina de iogurte, empacotadeira, batedeira de manteiga, desnatadeira, gerador e câmaras frias. A unidade de beneficiamento está sob a gestão da Cooperativa Mista de Agricultores Familiares e Produtores de Leite de Santa Bárbara (Coafasb).
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