Com o mundo tecnológico, crianças, jovens e adultos estão cada vez mais conectados. Trabalho remoto, se informar virtualmente, acessar redes sociais e fazer compras são algumas das inúmeras ações virtuais que realizamos no dia a dia. O que muita gente esquece é que a terceira idade também está ativa neste contexto. E com a pandemia do novo coronavírus, esses hábitos se tornaram ainda mais intensos. Mas, oftalmologistas fazem o alerta neste Dia dos Avós (26/07). Este comportamento pode desencadear problemas oculares diversos, e no caso dos idosos digitais, os cuidados devem ser ainda maiores.
De acordo com o médico Murilo Barreto, oftalmologista da OftalmoDiagnose – empresa do Grupo Opty na Bahia, a população idosa, naturalmente, já é mais afetada por problemas visuais, pois suas estruturas oculares sofrem desgastes com o passar do tempo, sobretudo a partir dos 60 anos. Sintomas como um maior esforço para ler, visão embaçada e cansada, dentre tantos outros desconfortos, são comuns.
“Se você une esse desgaste natural com o fato de ficar muito tempo conectado e paralisado em frente às telas de computador, celular, tablet e televisão, ocorre uma sobrecarga ocular. As queixas mais comuns são vermelhidão, coceira, lacrimejamento e ardência, que se relacionam com o olho seco. O olho seco nesta situação comumente ocorre devido à redução da frequência do piscar, uma consequência direta e involuntária do uso de dispositivos digitais. Estes sintomas tendem a ser ainda mais acentuados em ambientes com ar-condicionado ou ventiladores”, detalha.
O médico conta que, entre os erros de refração, a miopia é o mais comum quando falamos de uso exacerbado de telas. Não devemos, entretanto, esquecer das doenças oculares que mais acometem a terceira idade independente do uso de dispositivos digitais, a exemplo da catarata, causa mais comum de cegueira reversível no mundo e que pode ser corrigida com cirurgia; do glaucoma, doença crônica que leva à cegueira irreversível, se não tratada precocemente; e da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), que se caracteriza pela alteração da mácula, que é a região dos olhos responsável pela visão central.
Recomendações
A ida anual ou a cada seis meses ao oftalmologista é a chave para a prevenção ou descoberta precoce de doenças nos olhos. Outra dica do médico, quando o assunto é uso de telas, é o descanso visual, de modo que o indivíduo faça pausas de cinco a dez minutos a cada uma hora.
A regra 20/20/20 também é uma alternativa eficaz, ou seja, a cada 20 minutos, fazer uma pausa de 20 segundos e olhar para objetos que estão a pelo menos 20 metros de distância. Outros cuidados complementares que podem melhorar o conforto com o uso de eletrônicos incluem, manter um distanciamento mínimo de 45 centímetros da tela, adaptar o contraste dos equipamentos eletrônicos, ter cuidado com a luminosidade do ambiente, e nos casos indicados, usar o filtro de luz azul.
“Ter uma boa noite de sono, com uma boa oclusão palpebral, também é fundamental para preservar a saúde ocular. Além disso, não podemos esquecer que o uso de colírios só deve ocorrer sob prescrição médica e que, para cada idade e situação, existe uma recomendação específica. Havendo qualquer sintoma persistente, o ideal é procurar um oftalmologista de imediato. No caso dos idosos, a visita ao oftalmologista deve acontecer com mais frequência”, conclui Murilo Barreto.
FONTE Opty
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