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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Brasileiros desenvolvem técnica cirúrgica de reconstrução peniana sem uso de enxertos

 


Brasileiros desenvolvem técnica cirúrgica de  reconstrução peniana sem uso de enxertos

 

_Procedimento publicado no International Brazilian Journal of Urology (IBJU) confere de 3 a 4 cm a mais que procedimento convencional_  

 

Médicos brasileiros desenvolveram uma técnica inovadora de reconstrução peniana, que confere de 3 a 4 cm a mais que os tratamentos convencionais. O tratamento é indicado para casos de micropênis e amputação do órgão por doença ou acidente. A mobilização total dos corpos cavernosos (TCM), como é chamada, foi desenvolvida pela equipe do urologista Dr. Ubirajara Barroso Jr. junto à Divisão de Urologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e publicada no International Brazilian Journal of Urology (IBJU), revista científica oficial da Sociedade Brasileira de Urologia.  

 

“Metade do pênis fica dentro do períneo, não está exposto. O que fizemos foi tirar a fixação dos corpos cavernosos do pênis do osso da bacia e fixá-lo no osso do púbis. Assim, conseguimos exteriorizar o máximo possível do que estava escondido dentro do púbis. É um procedimento mais trabalhoso que os convencionais, mas o resultado para o paciente em tamanho é melhor”, explica Dr. Ubirajara Barroso Jr., que já apresentou a técnica no Congresso Europeu de Urologia e no Congresso de Uro-oncologia, em São Paulo.  

 

O procedimento descrito no estudo foi realizado em seis pacientes em dois hospitais públicos. Dentre os casos, amputação por acidente e por autoamputação, micropênis e câncer de pênis. “No processo de acompanhamento pós-operatório, houve grande satisfação dos pacientes com o comprimento, função erétil e aparência estética final do pênis”, afirma o especialista.   

 

Segundo Dr. Barroso, atualmente, esse é o único procedimento com o qual é possível devolver a funcionalidade do órgão sem a necessidade de retalhos do antebraço ou coxa, a exemplo do procedimento de prótese peniana. “É importante que a reconstrução genital devolva autoestima ao paciente, por isso vimos estudando outras formas de reconstruir o órgão sem necessidade de fazermos enxerto de outros tecidos e termos um bom resultado estético”, acrescenta o médico que é Chefe da Divisão de Cirurgia Urológica Reconstrutora e Urologia Pediátrica do Hospital da UFBA.  

 

Desde a realização da técnica, dois pacientes que já tentaram penetração obtiveram resultados satisfatórios.  

 

 

*Dr. Ubirajara Barroso Jr., urologista *

 

Professor livre docente da pós-graduação strictu sensu mestrado e doutorado e coordenador da Disciplina de Urologia da UFBA, professor Adjunto de Urologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, chefe da Unidade do Sistema Urinário do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (UFBA) e chefe da divisão de cirurgia urológica reconstrutora e urologia pediátrica do Hospital da Universidade Federal da Bahia. Doutor e mestre, fez fellow em urologia pediátrica no Children's Hospital of Michigan na Wayne State University. É urologista da Rede D’Or.      

 

Tem mais de 150 artigos publicados, mais de 20 capítulos de livros, dois livros editados e um livro coeditado, abordando técnicas cirúrgicas inovadoras e novos tratamentos para reconstrução genital e incontinência urinária. É conferencista nacional e internacional.   

 

  

 

*Currículo lattes: *

 

http://lattes.cnpq.br/2049946905043441   

 


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