Técnica passou a ser realizada há pouco mais de um ano no Brasil e ainda desperta algumas dúvidas nos pacientes que aguardam uma oportunidade para o tratamento da artrose
Considerada uma das doenças mais incapacitantes para o ser humano, a artrose de joelho caracteriza-se por fortes dores e rigidez nas articulações acometidas pelo desgaste e degeneração das cartilagens que revestem as extremidades ósseas. Em casos severos, quando os tratamentos paliativos - como o uso de medicamentos que aliviam a dor, sessões de fisioterapia com recursos térmicos, entre outros – não surtem mais efeito, é preciso que o paciente seja avaliado e encaminhado para a cirurgia de substituição da articulação por próteses ortopédicas.
Realizado há algumas décadas no Brasil, esse tipo de procedimento ainda desperta muitas dúvidas e receios nos que precisam passar por ele. Entretanto, é preciso lembrar que como todas as áreas da medicina, que caminha cada vez mais próxima da tecnologia e seus avanços, esse tipo de cirurgia evoluiu muito nos últimos anos e, agora, muitos profissionais da ortopedia têm se especializado em técnicas como a da cirurgia assistida por robôs, que já acontece no país há pouco mais de um ano, desde a chegada do primeiro sistema voltado para esta prática, o ROSA® Knee System.
Desenvolvido pela multinacional americana líder global em saúde musculoesquelética Zimmer Biomet, o ROSA® está presente até então em dez hospitais de sete estados brasileiros e já devolveu a mobilidade e qualidade de vida a mais de 320 pacientes durante esse período. E para os que ainda têm dúvidas sobre se submeter ou não a esse tipo de procedimento, a seguir, uma série de mitos e verdades difundidos sobre o tema.
1 – Serei operado por um robô?
Mito. Sistemas robóticos como o ROSA® são centrados no cirurgião, ou seja, operam de forma colaborativa de acordo com os comandos do especialista. A diferença da cirurgia robótica para os métodos anteriores é a precisão submilimétrica oferecida pela tecnologia, o que garante um resultado melhor, sem possíveis falhas de alinhamento e uma recuperação mais rápida do paciente, com menos dores.
2 – O robô é operado por inteligência artificial?
Mito. Robôs como o ROSA® foram desenvolvidos para ajudar no trabalho dos cirurgiões e não são autônomos, nem operam por inteligência artificial. O sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas e permite que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar instrumentos cirúrgicos, permitindo grande precisão durante os procedimentos. O ROSA® Knee fornece imagens pré-operatórias baseadas em raios-X para criar um modelo 3D e plano da anatomia óssea de um paciente, além do mapeamento intraoperatório em tempo real da anatomia e movimento de um paciente, para ajudar os especialistas a personalizarem procedimentos e otimizarem a colocação do implante.
3 – Somente pessoas idosas podem passar por esse tipo de cirurgia?
Mito. Embora a maioria das pessoas acometidas pela artrose severa sejam idosas, têm se observado um número crescente de pacientes jovens, na faixa dos 30 anos de idade, já diagnosticados com a doença. E as causas são várias: obesidade, sedentarismo, prática de exercícios de repetição e alto impacto sem os devidos cuidados, além de fatores genéticos. A cirurgia robótica de joelho é indicada para todos os portadores da artrose severa, que se encontrem em situação incapacitante, de fortes dores, rigidez na articulação e falta de mobilidade, sem efetividade dos tratamentos paliativos.
4 – A precisão dos cortes é submilimétrica?
Verdade. O robô traz uma precisão matemática, baseada em todas as informações e dados analisados, que permite cortes com menos de um submilimétricos perfeitos. Isso diminui o tamanho das incisões e reduz o impacto cirúrgico no paciente.
5 – Quem passa por uma cirurgia do joelho demora meses para voltar a andar?
Mito. Tanto especialistas quanto pacientes relatam uma breve recuperação após o procedimento. Alguns pacientes recebem alta médica no mesmo dia da cirurgia e já podem caminhar com ajuda de andador até a recuperação efetiva. Por ser mais precisa e menos invasiva, a cirurgia robótica devolve a mobilidade de forma muito mais rápida, eficaz e com menos dores aos que passam pelo procedimento de substituição do joelho por próteses ortopédicas.
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