Uma recente investigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) constatou a contaminação dos petiscos da Bassar com etilenoglicol, substância extremamente tóxica associada a mais de 40 mortes de cães. A análise também identificou, no entanto, a possibilidade do ingrediente contaminado ter ido para fábricas de alimentos para humanos.
O Mapa repassou a informação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que decidiu pelo recolhimento de alguns lotes. “Considerando que o propilenoglicol (composto orgânico da mesma família do etilenoglicol, mas não tóxico) é um aditivo alimentar permitido para alimentos de consumo humano, a Anvisa decidiu publicar uma medida preventiva, proibindo a utilização e determinando o recolhimento dos dois lotes do produto contaminado com etilenoglicol, para evitar que os produtos sejam utilizados na fabricação de alimentos”, informou a reguladora.
Divulgada nesta segunda-feira (12), a resolução proíbe a comercialização, distribuição, manipulação e uso dos lotes AD5035C22 e AD4055C21, que possui o ingrediente propilenoglicol da marca Tecnoclean Industrial Ltda – empresa que comercializa o produto. Em nota, a Tecnoclean também esclareceu que não fabrica propilenoglicol, tendo comprado da empresa A&D Química Comércio Eireli e revendido ao mercado nacional como distribuidora”.
Empresas que adquiriram o lote:
Segundo orientação da Anvisa, empresas que tenham adquirido os lotes de propilenoglicol da empresa Tecnoclean (AD5035C22 e AD4055C21) não devem utilizá-los em nenhuma hipótese, nem comercializar, devendo entrar em contato com a empresa para devolução.
Caso o uso tenha acontecido, ações com os produtos produzidos devem ser realizadas imediatamente, incluindo investigações e todos os outros protocolos necessários para evitar o consumo do produto.
Vale ressaltar que a Anvisa não confirmou ou indicou alimentos contaminados, sendo a medida uma ação preventiva, já que os lotes acometidos são do ingrediente propilenoglicol, usado na indústria de alimentos humanos.
Relembre o caso: no último mês, diversos donos de cachorros e grupos ativistas começaram a alertar para mortes e mal-estar de alguns animais após comerem petiscos da marca Bassar. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, mais de 54 animais morreram em 11 estados e no Distrito Federal depois da ingestão. Contaminados com etilenoglicol, laudos apontaram que os cachorros morreram devido a uma insuficiência renal e hepática.
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