No último dia 08/07, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) recebeu um chamado através do canal “Disque Fauna”, relatando um possível encalhe de uma baleia na região de Ilha de Maré/Passé. Rapidamente, o Projeto Baleia Jubarte (IBJ) foi acionado pelo INEMA sobre a presença de uma jubarte encalhada, que, segundo moradores locais, havia sido desencalhada. No entanto, no mesmo dia, a baleia foi avistada em outra localidade de Ilha de Maré.
Diante disso, a equipe do IBJ se mobilizou, juntamente com autoridades como a Polícia Ambiental (COOPA), Capitania dos Portos e o próprio Inema, realizando diversas tentativas para salvá-la. Infelizmente, tornou-se evidente que o animal enfrentava problemas preexistentes ao encalhe, o que dificultou os esforços de resgate, mesmo com a tentativa de rebocagem utilizando uma embarcação da Transpetro.
Após avaliação realizada pelas equipes veterinárias, o prognóstico da baleia mostrou-se desfavorável. Durante o processo de resgate, a baleia conseguia se desvencilhar da cinta e retornava para águas mais rasas. Além disso, foi observado que o animal não conseguia movimentar a nadadeira direita, possivelmente devido a uma fratura ou luxação.
Ao longo da semana, um grupo técnico composto pelo Projeto Baleia Jubarte, INEMA, IMA, Centro Mamíferos Aquáticos/Icmbio e outras autoridades foi formado para prestar assistência à baleia. Infelizmente, após inúmeras tentativas para soltar a jubarte, a eutanásia foi considerada como a última medida para aliviar o sofrimento do animal. Antes que o procedimento pudesse ser realizado, constatou-se o falecimento natural da baleia.
De acordo com o IBJ, globalmente, a maioria dos encalhes de grandes baleias vivas acaba em óbito, principalmente devido a causas naturais anteriores ao encalhe. É um efeito colateral do êxito nos esforços de conservação da espécie.
*Com informações da IBJ
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