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domingo, 2 de julho de 2023

Celebração do 2 de Julho é fruto de muito trabalho municipal nos bastidores

  


Celebração do 2 de Julho é fruto de muito trabalho municipal nos bastidores 

 

Fotos: Bruno Concha/Secom 

Reportagem: Letícia Silva e Eduardo Santos/Secom 

 


Provando ser a grande festa da Bahia, seja nas ruas ou nos bastidores, a celebração do bicentenário da independência do Brasil na Bahia é também lugar de muito trabalho e preocupação com ordem, segurança e acessibilidade da população soteropolitana, baianos e turistas que vêm, anualmente, à capital do estado comemorar a vitória das hostes baianas contra a tirania portuguesa, em 2 de Julho de 1823.  

 

Se há 200 anos, o corneteiro Luís Lopes deu sinal para avançar, a festa cívica mais importante da Bahia não para e, na capital baiana, ocorre dias antes da data magna. São ações de manutenção, ordenamento, limpeza, assistência à população, organização do desfile e promoção de atividades culturais, realizadas por centenas de colaboradoresor centenas de colaboradores da Prefeitura de Salvador. 

 

A vice-prefeita e secretária municipal da Saúde (SMS), Ana Paula Matos, ressalta a estratégia adotada para garantir o atendimento em saúde ao público presente nos festejos. “Condicionamos o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência), ao mesmo tempo em que reforçamos a retaguarda nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e na sede da pasta, no Comércio. Para o show na Praça Cairu, que acontece logo mais, estamos disponibilizando uma base móvel do Samu para qualquer ocorrência.”  

 

Ela ainda destaca as realizações da Prefeitura para destacar a importância da data para os baianos e visitantes. “Reconhecemos o valor do nosso povo. Por exemplo, quando se instala um Memorial ao 2 de Julho, permite tanto às gerações atuais quanto as futuras conhecerem a nossa história. É mais um equipamento turístico e de fortalecimento da nossa população. Estamos entregando algumas praças, como o Largo da Lapinha, que faz uma homenagem aos heróis da Independência, e o inédito Monumento à Maria Felipa. O 2 de Julho de 1823 é um marco e estamos preocupados em manter essa liberdade e independência a partir da cultura, da educação, da saúde, reconhecendo o valor da força física e do coletivo para a realização de políticas públicas”, completa Ana Paula.  

 

O presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, fala da expectativa para mais uma grande festa da Independência da Bahia. “O caboclo já está no asfalto, preparado para o desfile da manhã, o cortejo cívico, e, pela tarde, quando teremos concursos de balizas e de fanfarras, solenidades e encontro das filarmônicas. Sem contar com o show do BaianaSystem, na Praça Cairu, no Comércio, a partir das 19h. Essa mistura toda mostra, cada vez mais, que o 2 de Julho é uma data nacional”, comemora.  

 

Com um efetivo de 250 guardas municipais envolvidos na festa da Independência, e tendo os trabalhos iniciados ainda no dia 1⁰ de julho, com as varreduras nas vias onde passa a festa, o inspetor-geral da Guarda Civil Municipal (GCM), Marcelo Silva, destaca a tranquilidade da festa, mesmo tendo em vista a participação de centenas de pessoas nas ruas. “Devido à demanda da festa popular, o efetivo da GCM recebeu um acréscimo em relação ao ano passado, e a expectativa é de uma festa ordeira e sem sobressaltos”.  

 

Para o diretor de Serviços de Iluminação Pública (Dsip/Semop), Ângelo Magalhães, a iluminação é reforçada para abrilhantar mais o cortejo, além de ajudar a oferecer mais segurança à população. “Foi preparado um esquema especial para a celebração do 2 de Julho, principalmente nos caminhos onde passa a festa, a exemplo da Lapinha, Campo Grande, Soledade e Centro Histórico, além dos eventos da Barra e da Praça Cairu. Dessa forma vamos ajudar a segurança pública, além de manter serviços de telegestão, de modo a garantir mais conforto e segurança para grandes eventos. A Dsip mantém uma equipe de plantão 24h, para atender qualquer emergência ao longo do desfile”, diz.  

 

Turismo e cultura – O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, lembra que é um privilégio para todos os soteropolitanos e visitantes participar desse encontro cívico. “Hoje, Salvador é uma das poucas capitais do país que podem celebrar uma festa dessa magnitude. Esse ano a Prefeitura montou uma programação muito especial, com projetos culturais, esportes e música. Acabamos de encerrar a Ultramaratona da Independência, com 12 horas de corrida, teremos o BaianaSystem na Praça Cairu e diversos eventos para celebrar a data magna da Bahia”.  

 

Sobre a atração de turistas, Edington ressalta que, por ser um mês de férias no país, a festa da Independência potencializa a chegada de turistas de toda a Bahia e do Brasil, algo que é favorecido, inclusive, pela proximidade com os festejos juninos.  

 

Já o secretário de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, afirma que o 2 de Julho é a data de formação do baiano como povo. “Pois foi neste momento histórico que vários setores da sociedade se reuniram para combater a tirania que nos oprimia. Por isso que, 200 anos depois, celebramos a vitória e a própria celebração, pois os baianos venceram na luta e também na festa. Essa festa cada vez mais ganha uma importância histórica maior, pois com as entregas e reformas da Prefeitura, estamos vivendo novamente essa história, a partir desses mecanismos". 

 

Urbanização – A presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, fala da importância e do processo de elaboração do projeto de revitalização do Pavilhão da Independência, na Lapinha, um dos espaços mais importantes da história dos festejos. "O local estava em condições precárias, então o projeto buscou recuperar o que havia de pintura original, ampliamos o espaço, para que se pudesse ter a exposição contando a história do 2 de Julho e, para isso, fizemos o mezanino de dois andares, em estrutura metálica e vidro, que deixa mais leve e linda, com modernidades, a exemplo dos elevadores para acessibilidade, sanitários e área administrativa. Então, a partir de agora, o Pavilhão 2 de Julho está em plenas condições para receber a população de Salvador e os turistas, para conhecerem ainda mais a história da Independência”.  

 

Sobre o Largo da Lapinha, que também se encontrava em estado de total degradação, Scofield explica que a ação partiu de projeto assinado pelo arquiteto Adriano Mascarenhas. “Ele traz os 14 heróis da Independência eternizados em totens criados pelo artista plástico Daniel Soto. A praça foi restaurada em granito, integrada ao Pavilhão 2 de Julho, em mais uma grande ação da Prefeitura. A cidade ganha muito com essas requalificações, e as pessoas passarão a ter acesso, durante todo o ano, à história do 2 de Julho e seus heróis”, completa.  

 

Economia e educação – A titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes, destaca a importância de fortalecer a economia informal nas grandes festas populares de Salvador. "As datas emblemáticas, a exemplo do 2 de Julho, impactam bastante na economia local, movimentando toda a cadeia produtiva da cidade. Além disso, a festa deste ano devolve a cidade locais requalificados que trazem transformações para todo o centro da capital baiana, com a capacidade grande de gerar renda e empregos para a população”.  

 

Segundo o secretário da Educação (Smed), Thiago Dantas, essa é uma data de total conexão com a educação soteropolitana. "Esse dia nos faz ter ainda mais certeza de que sua pertinência na educação é total, pois trabalhamos com os alunos a questão da crítica com o que ocorre na nação, de modo a crescermos ainda mais como povo e conseguir preservar essa memória, dado o simbolismo da data. As escolas preservam essa memória, que é parte da rede, de nossa proposta curricular, somando para essa festa tão bonita, com a presença das fanfarras municipais”.  

 

Fernanda Lordêlo, da Secretaria de Política Para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), destaca que a representação da força feminina é grande no 2 de Julho. “Mulheres como Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa provocaram esse sentimento de mudança social, e hoje, através da Bahia, é possível dizer que na Bahia foi possível concretizar a independência do Brasil. É conhecendo nossa história, nosso passado, que fortalecemos nosso futuro”.  

 

Infraestrutura – O titular da Secretaria de Manutenção (Seman), Lázaro Jezler, explica as ações da pasta para a realização do desfile. "Nosso trabalho ocorre de forma ininterrupta durante o ano inteiro. E, nas ocasiões festivas, como é o caso do 2 de Julho, fazemos uma varredura nas vias, observamos os casarões sob risco de desabamento, revisão do asfalto e calçadas, de modo a garantir uma festa tranquila e sem sobressaltos. A preservação dos passeios garante a acessibilidade das pessoas durante todo o trajeto”.  

 

Para o superintendente de Trânsito de Salvador (Transalvador), Décio Martins, desde a última sexta (30) ocorre uma grande operação, de modo a garantir o ordenamento dos veículos, além de evitar a passagem de carros nos locais que ocorrem as apresentações musicais. “A Transalvador opera no 2 de Julho com cerca de 100 agentes espalhados pelo perímetro da festa, buscando salvaguardar a vida do cidadão”.  

 

Luciano Sandes, secretário de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro (SACPB), lembra que todo o perímetro da festa foi mapeado, de modo a garantir, com o máximo de precisão, a realização e manutenção dos serviços. “Tivemos uma grande preocupação em organizar o trajeto, observar o cumprimento das operações realizadas para o evento, buscando fortalecer ainda mais as ações em todo o Centro Histórico”, afirma.  

 

De acordo com Humberto Sturaro, diretor do Distrito do Centro Histórico de Salvador, a festa é uma forma de mostrar a Bahia para o mundo de forma ordenada e como um destino seguro e resto de cultura para baianos e visitantes. “O 2 de Julho é uma festa da Bahia para o Mundo, independente de cor política, e estamos aqui para garantir o bem-estar de baianos e turistas durante essa celebração”.  

 

O secretário de Mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, explica que a operação para o transporte público no 2 de Julho é algo já consolidado em relação a bloqueios e ocorre de forma tranquila. “As ações principais, com reguladores de transporte, foram dedicadas aos locais dos shows da noite com pontos de táxi e mototáxi no Terminal da França e em todo o entorno da festa”.  

 

O titular da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), Omar Gordilho, avisa que as ações do órgão contam com mais de 270 agentes atuando desde antes da festa. “São dez equipes dedicadas somente à festa, com limpeza sistemática, banheiros químicos e toda a infraestrutura necessária para garantir uma festa limpa antes e depois da celebração”, explica. 


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