O Zoológico de Salvador deu as boas-vindas a um novo morador: um filhote de onça-parda da espécie Suçuarana, de nome científico Puma concolor. Resgatado no município de Cambuci, no Rio de Janeiro, o filhote chegou a Salvador na última quinta (27). Com apenas três meses de idade, o felino foi inicialmente levado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Rio de Janeiro (CRAS), onde recebeu cuidados especializados. Posteriormente, o Zoo de Salvador foi escolhido para acolher o filhote, por ser considerado como centro de referência na conservação de animais silvestres, especialmente os grandes carnívoros.
O veterinário Marcos Leônidas, responsável pelo setor de grandes carnívoros do Zoológico de Salvador, afirma que o filhote ainda ficará um tempo em observação até que possa ir para um recinto que tenha visão para o público. “Tem que esperar um período de adaptação, de crescimento e fortalecimento do animal para a gente conseguir levá-lo para visitação. Um animal que mesmo quando já estiver liberado para visitação a gente não pode deixar o dia todo para não gerar um estresse para ele”, afirmou.
“A soltura imediata do filhote seria um problema já que ele é muito novo e foi encontrado sozinho, dificilmente conseguiria se adaptar e sobreviver na natureza. A falta do convívio com animais da mesma espécie impossibilita que ele aprenda a caçar ou se defender. Para manter o bem-estar dos animais e a conservação da espécie, o Zoo está atento a possíveis projetos de reintrodução em que o filhote vai estar bem cuidado para gerar novos membros da sua espécie que estão em vulnerabilidade de extinção” explica o veterinário.
Em plena área urbana, o Zoológico de Salvador é considerado um centro de referência na preservação dos animais silvestres ameaçados de extinção e pertencentes à fauna brasileira. Hoje, o Zoo mantém sob seus cuidados 1.400 animais, divididos em 134 espécies (56 espécies de aves, 45 espécies de mamíferos e 31 de répteis) e dessas, 88% são brasileiras. Dentre as 134 espécies, 40 delas estão ameaçadas de extinção em seu ambiente natural.
Desde 2007, o Zoo prioriza a conservação e promove pesquisas científicas com espécies silvestres da fauna e da flora nacional, com ações em cativeiro, além de programas de educação ambiental associados ao lazer e ao entretenimento. O Zoo conta ainda com uma clínica veterinária, museu, setores de nutrição, botânica, educação ambiental, pesquisa e conservação, além da quarentena, local que abriga os animais em tratamento de saúde e os recém-chegados.
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