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sábado, 16 de setembro de 2023

Índice de suicídio pode ser até 10 vezes maior entre pessoas com autismo


 Setembro Amarelo: índice de suicídio pode ser até 10 vezes maior entre pessoas com autismo


Autistas são quatro vezes mais propensos a terem depressão


O Setembro Amarelo é o mês voltado aos debates de conscientização e prevenção ao suicídio. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que um brasileiro a cada 45 minutos tira a própria vida e cerca de 90% dos casos poderiam ser tratados. Mas um fato pouco discutido e também alarmante é o de que o índice é até dez vezes maior entre pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).


Um estudo mostra que 66% dos autistas já pensaram ou ainda pensam em suicídio em algum momento da vida, e que até 35% já planejaram ou tentaram suicídio. Além disso, pessoas com TEA são até quatro vezes mais propensas a sofrer de depressão ao longo da vida.


Com foco nesse tema e com o objetivo de levantar essa conversa na sociedade, a heathtech Genial Care acaba de lançar a campanha "Toda Jornada Importa: Fortalecendo a Saúde Mental na Comunidade Autista", pela valorização da vida. “Queremos apoiar cada jornada das pessoas, especialmente na comunidade autista, destacando o compromisso da Genial Care em oferecer cuidado personalizado e empático, enquanto incentiva a conscientização sobre a importância da saúde mental e prevenção do suicídio, em sintonia com o Setembro Amarelo”, explica a Diretora de Marketing e Comercial da Genial Care, Juliana Biasi. 


A campanha, centrada na valorização de cada indivíduo autista e na importância do cuidado personalizado, destaca os desafios de saúde mental e prevenção do suicídio que a comunidade enfrenta. Através de recursos educacionais e do compromisso com o bem-estar emocional, a Genial Care busca criar conscientização e impacto positivo na comunidade.


A depressão na comunidade autista


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido por critérios diagnósticos como a presença de prejuízos na comunicação e na interação social, e a existência de comportamentos repetitivos e restritivos, com manifestações destes dois elementos em diferentes níveis de intensidade, o que define onde o indivíduo está no espectro autista. Além disso, outros transtornos podem estar associados, desencadeando a manifestação de diferentes sintomas. Estes transtornos ou comorbidades podem se manifestar como depressão, TDAH, transtorno de ansiedade, entre outros. 


Em 2019, a Autism Research, revista médica da Sociedade Internacional de Pesquisa em Autismo, publicou um artigo com dados dos EUA para determinar a incidência de suicídio entre indivíduos com TEA ao longo de um período de 20 anos, e para caracterizar aqueles que morreram. Segundo o estudo, entre 2013 e 2017, a incidência cumulativa de suicídio na população com autismo foi de 0,17%, significativamente maior do que na população geral, de 0,11%. 


Pessoas no espectro, meninas e mulheres em particular, correm alto risco de suicídio, de acordo com estudo que analisou o comportamento suicida em mais de 2 milhões de pessoas. O levantamento reúne dados sobre o suicídio de autistas por fatores como gênero e idade. 


Entre as pessoas autistas com deficiência intelectual, 1 em cada 13 mulheres tenta suicídio, em comparação com 1 em cada 20 homens.


“As estatísticas são preocupantes, mas precisamos, como sociedade, encontrar caminhos para diminuir esses dados e garantir a vida de todas as pessoas, sejam elas atípicas ou não. A valorização da vida começa com a conscientização, o acesso a cuidados de saúde mental e o apoio emocional contínuo, para pessoas autistas, familiares e pessoas cuidadoras nessa jornada”, conclui Juliana.


 

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