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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Festa D’Ajuda recebe registro especial de Patrimônio Imaterial da Bahia

 

A Festa de Nossa Senhora D’Ajuda que acontece entre outubro e novembro, em Cachoeira, no Recôncavo baiano, recebeu por determinação do governador Rui Costa, na última sexta-feira (05) o registro como Patrimônio Imaterial da Bahia. De acordo com a publicação, o decreto se dá considerando os elementos constantes do Processo nº 0607110007860, especialmente as propostas formuladas em dossiê, que foi enviado para o Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC), e devidamente aprovado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e pelo CEC, ambos da estrutura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).


A partir de então, a manifestação cultural da cidade de Cachoeira constará no Livro de Registro Especial dos Eventos e Celebrações, como Patrimônio Imaterial. As providências legais necessárias para o cumprimento ficarão a cargo do IPAC.


Segundo a tradição a festa ocorre desde início do século XIX, como uma data móvel, entre outubro e novembro. Os festejos iniciaram-se a partir da capela de mesmo nome inicialmente devota à Nossa Senhora do Rosário e, depois, com a transferência para a atual matriz, à Nossa Senhora D’Ajuda.


PATRIMÔNIO DO BRASIL – De acordo com o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira, a capela está no Largo da Ajuda, no cume de uma pequena colina no centro da cidade, com acesso por três ladeiras em sentidos opostos. “A capela integra o Centro Histórico da cidade e é tombada individualmente como Patrimônio do Brasil desde 1939 através do IPHAN/MinC”, explica. Ele ressalta que é uma edificação do século XVII, entre 1595 a 1606, e que sua característica mais importante é a capela-mor recoberta por cúpula.


A Festa D’Ajuda tem liturgia Católica em adoração a Nossa Senhora. As festividades têm início com o Pregão do Bando Anunciador, grupo de cavaleiros ornados que em suas montarias tocam instrumentos de sopro metálicos, clarins e cornetas, anunciando a passagem do tradicional cortejo. O pedido para se pesquisar a Festa D’Ajuda foi feito pelo Centro de Estudos Raízes do Recôncavo e pela Irmandade de Nossa Senhora D’Ajuda.


DECRETO – “Acompanhamos a manifestação e suas celebrações, realizando estudo etnográfico, de observação, coletas de imagens, depoimentos e escolha de iconografia que enriquecessem o processo para a elaboração do dossiê”, relata o gerente de Patrimônio Imaterial (Geima) do IPAC, Roberto Pellegrino. O dossiê do IPAC descreveu aspectos históricos, culturais, sociais, econômicos e políticos. Após votação no Conselho o dossiê foi enviado ao secretário de Cultura, que o encaminha ao Governador que o aprovou. Roberto Pellegrino ressalta que “a festa se trata de uma manifestação muito rica culturalmente, e que o IPAC deu total atenção para esse bem cultural que precisa ser conhecido e valorizado pela comunidade e turistas”, completa.


Através das pesquisas do IPAC outras manifestações foram aprovadas pelo CEC como Patrimônios Imateriais. O CEC é a mais alta instância representativa da cultura baiana, e determina através de votação se um bem cultural merece ou não ter a chancela de Patrimônio Cultural. Além do reconhecimento oficial, o registro de bem imaterial faz com que ele passe a ter prioridade nas linhas de apoio e financiamento, sejam elas municipais, estaduais ou federais.


Dentre os bens culturais já registrados pelo Estado, o IPAC já pesquisou a Festa de Santa Bárbara, Desfile de Afoxés, Carnaval de Maragojipe, Festa da Boa Morte, Ofício de Vaqueiros, dentre outros. O IPAC também produziu livros sobre cada um desses bens, disponíveis para download gratuito no linkhttp://www.ipac.ba.gov.br/publicacoes-para-download/cadernos. Saiba mais no site www.ipac.ba.gov.br, no Facebook ‘Ipacba Patrimônio’ e via o Twitter ‘@ipac_ba’.


 

IPAC

Crédito Fotográfico: Elias Mascarenhas

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