Medicamento não tem efeitos para a alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, tipo mais frequente na população brasileira, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
O medicamento baricitinibe, comercializado como Olumiant, foi recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da alopecia areata, uma forma grave de queda de cabelos causada por uma doença autoimune. O distúrbio afeta uma parcela reduzida da população, com uma incidência estimada entre 1% e 2%, sendo mais prevalente em indivíduos com menos de 20 anos. A condição não apenas resulta na perda significativa de cabelo, mas também impacta negativamente a autoestima dos pacientes.
O novo tratamento surge como uma alternativa inovadora para combater a inflamação que inativa os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos pelos. Este medicamento, já conhecido por seu uso em condições como artrite reumatoide, dermatite atópica e casos graves de Covid-19, demonstrou eficácia no crescimento capilar, em estudos clínicos, em pessoas portadoras da alopecia areata.
No entanto, médicos alertam para a necessidade de um diagnóstico preciso da doença, que deve ser realizado por profissionais especializados. O médico tricologista Marcos Kawasaki, sócio-fundador da rede de clínicas de transplantes capilares novofio, ressalta a importância do diagnóstico acurado para evitar a prescrição inadequada da medicação.
“O medicamento é certamente um avanço, no entanto, não é aplicado a todos os tipos de alopécia, como a androgenética, que possui origem genética e que costuma ganhar força entre 40 e 50 anos de idade”, afirma Kawasaki. “O custo elevado do tratamento, que não é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nem pelos planos de saúde, é um fator a ser considerado”. Segundo o médico, o baricitinibe é uma droga de alto custo e com potenciais efeitos colaterais, o que demanda uma abordagem cautelosa por parte dos profissionais e pacientes.
Foto clinicadoppio
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