Um dos principais eventos do verão baiano e a segunda maior festa popular do estado, atrás apenas do Carnaval, a Lavagem do Bonfim mobiliza, nesta quinta-feira (11), baianos de várias partes do estado e turistas do Brasil e do mundo.
O percurso, feito a pé, é precedido por um grupo de baianas, tipicamente vestidas, seguido por uma multidão vestida de branco. O trajeto de oito quilômetros entre as basílicas de Nossa Senhora da Conceição da Praia e a do Senhor do Bonfim tem como uma das principais características o sincretismo religioso. A festa reúne fiéis católicos e das religiões de matrizes africanas, marca das festas populares da Bahia.
Além de garantir beleza ao cortejo, são elas que, carregando jarros de água de cheiro (preparada com flores e folhas cheirosas utilizadas nos rituais dos terreiros de Candomblé), realizam o ritual da lavagem do adro da Igreja do Bonfim.
A saída da caminhada do bairro do Comércio em direção à colina sagrada, no Bonfim, onde se localiza o templo, está prevista para às 8h. No percurso, fiéis e participantes aproveitam para fazer e renovar pedidos, agradecer as graças alcançadas e renovar as energias. As demonstrações de fé e a beleza da festa estão entre os motivos que convidam os turistas a participar da lavagem, que faz parte da tradição baiana de reunir sagrado e profano nas comemorações religiosas do Estado.
Às 9h, show de músicas religiosas no adro da Igreja prepara o público para o momento da bênção. Ponto alto da caminhada, a acolhida das baianas pela Devoção do Senhor do Bonfim está prevista para o meio-dia, quando se dá a entrega das vassouras para a lavagem das escadarias e adro da igreja. Neste momento, muitos aproveitam para molhar a cabeça com água de cheiro, num gesto de fé, esperança e purificação. Subir a Colina Sagrada é a prova maior de devoção. No final, a Imagem peregrina do Senhor do Bonfim ficará próxima à porta principal da Basílica para veneração pública dos fiéis até às 18h.
Dia festivo
Na Lavagem do Bonfim, fé, festa e manifestações populares mostram a diversidade da cultura baiana. A lavagem é o lado mais profano das festividades em homenagem Senhor do Bonfim, sincretizado como o orixá Oxalá, e que se estendem até o próximo domingo (15), quando alvorada, missas e procissão marcam o dia festivo àquele que é considerado o padroeiro do coração dos baianos. O encerramento se dá com bênção do Santíssimo Sacramento e queima de fogos de artifício.
As novidades das festividades este ano ficam por conta da Bênção Apostólica, com Indulgência Plenária, dada, pela primeira vez, pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, D. Murilo Krieger, após a missa solene, às 10h do domingo, e da participação de várias imagens do Bom Jesus na procissão dos três pedidos (três voltas em torno da Basílica, fazendo os três pedidos) também no domingo.
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