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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Carnaval do Pelourinho é aberto oficialmente

 

Um passeio pela história do povo wodaabe, etnia nômade do Níger, na África Ocidental, caracterizou a abertura oficial do Carnaval do Pelourinho nesta sexta-feira (9), com a saída do Olodum, em Salvador. O tema do desfile deste ano também deu espaço para a percussão inspirada em etnias de gana e dos povos ashanti. O governador Jerônimo Rodrigues e o vice-governador e coordenador do Carnaval, Geraldo Júnior, acompanharam a saída do bloco tradicional desde a casa do Olodum, no Centro Histórico da capital baiana.


No ano em que o Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, completa 50 anos e que o Olodum celebra seus 45 anos, o governador faz uma avaliação sobre a importância dos blocos afro e do debate do racismo. “O Carnaval do Pelourinho é, realmente, diferente. Ele tem uma energia diferente. O público daqui é um público diferenciado. A cultura bate mais forte aqui, não tenho dúvida disso. E 50 anos homenageando os blocos afro. Pela história, o Carnaval de Salvador e da Bahia tem muitos valores. Mas um dos mais fortes é o potencial dos blocos afro, que trabalham o ano inteiro com projetos sociais, com a questão racial, com a questão das crianças e adolescentes. Aqui, é o fechamento de um ciclo de projetos muito importantes. E nós continuaremos pegando nas mãos desses blocos”, afirma. 


O vice-governador e coordenador do Carnaval endossa, lembrando que o Carnaval do Pelourinho é o Carnaval da democracia. “Falamos muito positivo das ações planejadas da segurança pública, do turismo, da cultura, da saúde. Mas aqui é, também, um exemplo de resistência, um sinônimo de liberdade, de inclusão social, de participação. É o Carnaval para todos, é o Carnaval da democracia. É um exemplo de paz”, completa Geraldo Júnior.


O Olodum foi um dos blocos contemplados pelo programa Ouro Negro em 2024, que teve o maior investimento da história no estado, chegando a cerca R$ 15 milhões. O valor destinado às manifestações culturais da diáspora na Bahia também foi estendido às participações das entidades e agremiações de matriz africana nas festas populares da capital e do interior do estado. 


“Cabe ao Carnaval contar a história da nossa gente, da nossa origem, valorizar ela. É uma forma de educar. O que as pessoas estão vendo hoje não vivem no cinema nem na escola. Cabem aos blocos  afro contarem”, avalia João Jorge Rodrigues, cofundador do bloco Olodum.

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