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terça-feira, 26 de março de 2024

Cidade da Música lança videoclipes de canções vencedoras de concurso


 Cidade da Música lança videoclipes de canções vencedoras de concurso baiano


Como parte das comemorações do aniversário de Salvador, a Cidade da Música da Bahia realizou o lançamento dos clipes das canções vencedoras do concurso Nova Música da Bahia. O evento, com entrada gratuita, movimentou o espaço cultural localizado no bairro do Comércio.


As três músicas selecionadas foram: “As Flores”, do Grupo Performáticos Quilombo; “Bloco de Notas”, de Riane Mascarenhas; e “Bad Girl”, de Fall Clássico e Bruno Kroz. As produções vencedoras foram gravadas pelo músico e produtor musical Renato Nunes, com tecnologia de ponta. 



O resultado superou as expectativas e dinamizou o estúdio. Diretora executiva da Via Press, empresa responsável pela gestão da Cidade da Música e de outros seis espaços culturais de Salvador, Elaine Hazin disse ter ficado feliz com o resultado. 


“Acho que temos uma potência enorme. Tivemos quase 400 inscrições, a maioria de bandas novas que não são conhecidas, mas que precisavam de espaço para gravar as suas canções, seus videoclipes e para que esse produto também pudesse estar aqui agora dentro do museu. Com isso, a gente renova o acervo e abre espaço para os novos artistas”, afirmou.


Para a gestora, o concurso e lançamento dos clipes integram a missão de democratizar a Cidade da Música, tornando-a um espaço vivo. “Esperamos que este espaço não apenas conte a história da música e de todos os artistas e movimentos culturais que nasceram na Bahia, mas também receba e divulgue a nova geração de artistas e bandas que vivem da música hoje, principalmente na periferia”, acrescentou.


Seleção – O concurso Nova Música da Bahia foi lançado em 2022 e recebeu 390 músicas inscritas que passaram por um cuidadoso processo de curadoria, composta por Jonga Cunha (produtor cultural), Renato Nunes (contrabaixista e produtor musical) e Nairo Elo (baterista e produtor musical). 


Após a seleção das músicas, os artistas iniciaram o trabalho de produção dos videoclipes com a gravação e orientação de Renato Nunes.


“Estamos conseguindo ocupar esse espaço, que é importante para qualquer artista que está fazendo música e trabalhando com arte. O clipe vai ajudar mais ainda a divulgar o nosso trabalho”, contou Fall Clássico, que escreveu "Bad Girl" juntamente com Bruno Kroz.


Conceitos - O clipe de “Bad Girl” une elementos da música jamaicana e baiana, enaltecendo a beleza, independência e força da mulher preta, inspirada pela icônica Rihanna. “O clipe busca exaltar a mulher preta como uma deusa, destacando sua beleza, independência e inteligência. Mostramos uma deusa africana com as suas origens ancestrais, e quando ela entra na Cidade da Música, ela se transforma na deusa do Ilê”, contou Fall.


Também vencedora do concurso,  a canção “Bloco de Notas” tem ritmo de reggae e fala de mulheres que gostam de escrever, de se expressar e colocar para fora o que sentem, mas que muitas vezes não têm coragem de compartilhar essa produção artística com o mundo. 


“Então a música fala desse espaço, que é o bloco de notas do celular ou manual, que a gente tem para escrever as coisas e colocar para fora, mas que muitas vezes, por medo e falta de coragem, não compartilha-se com as pessoas”, revelou a autora Riane Mascarenhas, de 25 anos.


Ela conta que se emocionou muito ao saber que foi uma das vencedoras do concurso e que teria a sua obra lançada: “Foi o primeiro concurso em que eu participei e ganhei para algo que é muito importante para mim. Foi a primeira notícia de que eu teria uma música minha lançada e gravada, com o apoio de pessoas experientes. A minha primeira reação foi chorar de emoção e ligar para os meus familiares para compartilhar essa vitória, que não é só minha, mas também de todos que me acompanham”.


Representante do grupo Performáticos Quilombo, Antônio Soares conta que a música “As Flores” surgiu de um esboço sobre a força da natureza e dos orixás. “A música fala de Nanã e de Oxóssi, integrando um compromisso que temos de denunciar o racismo e combater a intolerância religiosa”.


Ter ganhado o concurso, para ele, foi um grande presente: “Ganhamos um fonograma e um clipe de qualidade. Manter uma produção com todo esse cuidado é difícil. Para mim, o concurso representa acolhimento e agrega artistas que vivem à margem da mídia. Se você reparar, as pessoas contempladas foram pretas e periféricas. Isso quer dizer que nós temos uma coisa grandiosa de música e de arte”, opinou.



Fotos: Jefferson Peixoto/ Secom PMS


/ Secom PMS







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