sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Miss Suéter mostra que baile 'não tem hora para acabar'

Diversidade musical da banda Miss Suéter mostra que baile 'não tem hora para acabar'

Formado por músicos baianos de várias vertentes, grupo tem como proposta uma total liberdade musical

No princípio era o verbo. Do verbo se fez corpo. E desse corpo a diversidade da música brasileira. E é essa diversidade que você vai encontrar na banda Miss Suéter. Quer um frevo? Tem. Quer um samba? Tem. Quer um rock, uma balada? Também. Um funk, bolero? Do mesmo modo. Na proposta da banda, o pensamento é um "não" para qualquer disciplina sonora e um "sim" para toda liberdade musical. O baile não tem hora pra acabar. Miss Suéter é resultado da re-união de amigos, que se integraram na base da descontração. O nome é uma homenagem a João Bosco e Aldir Blanc, autores da canção que fez sucesso na voz de Ângela Maria.

São oito elementos integrados na direção da absoluta descontração. Com o intuito de tornar aquele show numa festa. Onde não há divisão, tanto participa quem está no palco quanto quem está assistindo. É dessa troca que se alimenta a Miss Suéter. A idéia é reproduzir o clima dos 'bailes', que a pressa da contemporaneidade, por pouco deixava escapar. Sobre os integrantes, temos de tudo um pouco. Tem guitarra com muito rifs de Taciano Vasconcelos, mas também tem violão sincopado de Pedro Santana, no que é apoiado pelo baixo de Carla Suzart; a bateria de Felipe Dieder e a percussão de Antenor Cardoso, que vão da bossa ao reggae, ao samba-jazz, ao rock. Temperando toda a criatividade, imaginação e curtição, temos as cantoras (que também 'atuam') Lia Lordelo e Luisa Muricy, e o nosso 'crooner' Ronei Jorge.

O que não falta na Miss Suéter é prazer, espontaneidade e festa. Por isso os arranjos 'rebatiza-reconstroi-rearranja' sucessos de Frenéticas; Gang 90 & Absurdettes; Guilherme Arantes; Gilberto Gil; Moares Moreira; Ney Matogrosso; Mutantes; Caetano Veloso; Itamar Assumpção; Marcos Valle; Titãs; Eduardo Dusek; Gal Costa; Tonzé e Tuzé Abreu; Marina Lina; Baby do Brasil e Ivan Lins. Esse baile é pra não ficar parado. Ou como disse nossa eterna musa Rita Lee: "Dance, dance, dance, dê-se ao luxo de estar sendo fútil agora".