Cúrcuma e Endometriose: Saiba como esse anti-inflamatório natural pode aliviar os sintomas
Ginecologista explica como é possível amenizar incômodos gerados pela doença agregando o alimento natural à dieta.
Na busca por alternativas naturais para aliviar sintomas de doenças, a cúrcuma tem se destacado por seus efeitos positivos no organismo, inclusive no tratamento de doenças inflamatórias, como a endometriose. Essa condição crônica afeta milhões de mulheres em todo o mundo, causando dor pélvica severa, alterações menstruais e, em alguns casos, dificuldades para engravidar.
Também conhecida como açafrão-da-terra, a cúrcuma é uma raiz amplamente utilizada na culinária e medicina tradicional. Seu principal componente ativo, a curcumina, possui potentes propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Seu consumo regular pode inibir a proliferação do tecido endometrial fora do útero, um dos principais fatores da progressão da endometriose, reduzindo as dores crônicas e os sintomas associados.
“Pesquisas científicas indicam que a curcumina tem a capacidade de reduzir a produção de prostaglandinas e outras substâncias inflamatórias que contribuem para a dor e o desconforto na endometriose. Ela ainda pode ajudar a modular o sistema imunológico, minimizando a resposta inflamatória excessiva que agrava os sintomas”, afirma o Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do setor no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Além dos benefícios já citados, a cúrcuma pode melhorar a digestão e promover equilíbrio hormonal, fatores essenciais para quem convive com a endometriose.
Como consumir a cúrcuma?Dr. Patrick explica que, para aproveitar suas propriedades, a cúrcuma pode ser incorporada à dieta de diversas formas: como tempero em preparações culinárias, em chás, ou até mesmo em forma de suplemento alimentar. Mas é importante lembrar que o uso deve ser sempre orientado por um profissional de saúde, especialmente para mulheres com endometriose que já fazem uso de medicamentos.
“O acompanhamento profissional garante o melhor ajuste de tratamentos e evita possíveis interações medicamentosas indesejadas. Como toda terapia, sua adoção deve ser realizada de forma responsável e sempre com orientação médica especializada”, conclui Bellelis.
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