Os Dog Parks de Salvador, desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), são espaços dedicados aos pets, especialmente cachorros, que promovem lazer, atividades ao ar livre e socialização para os animais e seus tutores. Atualmente, a cidade conta com 45 estruturas do tipo, dos quais 12 já passaram por reforma, e outros estão em fase final de inauguração.
De acordo com o presidente da Desal, Virgílio Daltro, a proposta é garantir um Dog Park em toda praça que possua uma Prefeitura-Bairro, atendendo a uma demanda crescente dos tutores de pets.
“A criação dos Dog Parks surgiu de uma grande demanda da população, especialmente dos tutores de pets, e conseguimos colocá-la em prática, sendo pioneiros nisso no Nordeste. Nosso objetivo agora é não apenas oferecer o espaço, mas também orientar e educar os tutores para que possam aproveitar ao máximo essa área com seus animais”, afirma.
Liberdade – Petiscos, carinhos, brinquedos e até deixar o pet dormir no sofá ou na cama, segundo veterinários, não são suficientes para substituir o espaço que os animais precisam para não desenvolverem um distúrbio comportamental.
Manter um bicho de estimação dentro de um apartamento, principalmente os cachorros, requer alguns cuidados. O cirurgião veterinário Augusto Angelim, doutor e professor, parceiro da Prefeitura com o serviço de castração no município, explicou que a falta de uma área dentro de casa pode ser compensada com passeios diários.
“Cães que vivem em apartamentos precisam de uma rotina de passeios mais intensa para compensar a falta de espaço. Quando ficam o dia todo em ambientes fechados, eles dependem dos poucos momentos com o tutor para se distrair. Com a rotina corrida, muitos não conseguem atender plenamente a essa necessidade, mesmo em home office. É aí que os Dog Parks fazem a diferença, oferecendo um ambiente seguro para os cães interagirem, correrem, brincarem e aliviarem o estresse. Nesse espaço fechado, os cães interagem entre si, estabelecendo hierarquias e criando vínculos, o que traz um grande bem-estar para eles”, ressalta Augusto.
Socialização – José Ney Gonçalves, morador do Imbuí, é tutor de Luca, um shih tzu com tendência ao estresse, que precisa de passeios regulares. Ele leva Luca para o Dog Park duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra no final da tarde.
“A experiência sempre é muito positiva e gratificante. Vejo que ele se socializa melhor com outros cães, e eu também acabo interagindo com outros tutores. Formamos um grupo de amigos e, em pouco tempo, todos começamos a ir juntos. Já tem até um grupo de cães que fica esperando por ele, e ele também aguarda pelos amiguinhos”, relata.
Arinos da Fonseca, também morador do Imbuí, leva seu maltês Nick regularmente ao Dog Park da praça do bairro reforçou o espaço como ponto de socialização para cães e pessoas.
“É um lugar essencial para os animais, onde eles podem passear, socializar com outros cachorros e brincar, além de ser um ambiente muito agradável para nós, tutores. Venho quase todos os dias e sempre interajo com outros tutores. Acabamos formando amizades. Apoio muito a expansão desses espaços por Salvador”, completa.
Segurança – Os Dog Parks de Salvador oferecem uma estrutura completa para o lazer e socialização de cães e tutores, com túneis, rampas, simuladores de ziguezague e áreas amplas.
Os brinquedos, fabricados pela Desal, incluem equipamentos de argamassa e aço, além de itens de fibra, alguns dos quais são usados na fisioterapia para pets em recuperação. Para garantir a segurança e o bem-estar no uso desses espaços, é essencial que os tutores sigam algumas regras básicas.
A entrada de fêmeas no cio é proibida, e filhotes só podem frequentar o Dog Park após completarem a vacinação. Todos os cães devem estar vacinados e protegidos contra ectoparasitas, e as fezes precisam ser recolhidas imediatamente.
Cães com histórico de agressividade não são permitidos, e, em caso de conflito, o tutor deve intervir prontamente para afastar os animais. Recomenda-se que os cães estejam castrados para evitar brigas e situações inoportunas, como tentativas de acasalamento.
Além disso, brincadeiras que incentivem disputas territoriais devem ser evitadas. Os tutores devem manter o cão sempre acompanhado, evitar alimentá-lo na presença de outros e supervisionar cães soltos constantemente.
“Cada tutor é responsável pelo comportamento de seu animal no parque e, ao seguir essas orientações, todos podem aproveitar ao máximo a experiência no Dog Park. Com carinho e uma rotina de atividades, os cães conseguem se adaptar a qualquer ambiente; porém, quando isso não ocorre, eles podem apresentar mudanças bruscas de comportamento. Alguns sinais comportamentais devem servir de alerta para os tutores”, orienta Augusto Angelim.
/ Secom PMS
Foto: Jefferson Peixoto/ Secom PMS
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