Novembro já se tornou o mês em que voltamos a atenção e cuidados a saúde dos homens. Somos lembrados da importância do rastreamento do câncer de próstata e como ele é fundamental para detecção da doença em estágios iniciais, quando as chances de tratamento e cura são muito maiores.
O câncer de próstata é o câncer mais incidente entre os homens, depois do câncer de pele não melanoma, representando cerca de 29% dos casos de câncer nessa população. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados mais de 70.000 novos casos por ano.
As Sociedades Brasileiras de Urologia (SBU), de Oncologia Clínica (SBOC) e de Radioterapia (SBRT) recomendam que para pacientes de maior risco, seja realizada uma discussão individual sobre riscos e benefícios do rastreamento do câncer de próstata. Esses grupos correspondem a homens acima de 50 anos, e pacientes entre 40 e 50 anos com histórico familiar, de etnia negra e/ou mutação patogênica no gene BRCA.
Os principais sinais e sintomas do câncer de próstata dependem da fase inicial da doença; sendo que na fase inicial, pode não apresentar sintomas e, quanto apresenta, os mais comuns são:
Dificuldade de urinar;
Demora em começar e terminar de urinar;
Presença de sangue na urina;
Diminuição do jato de urina;
Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Em uma fase mais tarde, pode apresentar dores óssea.
Os principais exames para investigar, rastrear e confirmar o diagnóstico do câncer de próstata são: exame de toque retal e exame de PSA, que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também pode estar elevada em doenças benignas da próstata.
A doença é confirmada após a realização da biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou toque retal, que deve ser solicitado a partir da suspeita, por um médico especialista.
Temos várias modalidades de tratamento e a aplicação de cada uma delas vai depender do estágio em que a doença é diagnosticada e podem ser realizados de forma isolada ou em combinação. Nos casos de doença localizada podemos realizar a observação vigilante, cirurgia e radioterapia.
Na doença avançada, a radioterapia pode ser realizada em conjunto com tratamento hormonal, além dos tratamentos oncológicos com intuito paliativo, a escolha do melhor tratamento será avaliada pelo médico oncologista de acordo com estadiamento da doença e condições clínicas do paciente.
O futuro da saúde masculina está no cuidado constante. O câncer de próstata pode ser tratado com sucesso quando detectado precocemente, por isso, não deixe para amanhã o cuidado que você pode ter hoje.
Natália Ferreira Vaz, médica Oncologista do Biocor/Rede D’Or
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