Palestra debate relação entre doença falciforme e Mês da Consciência Negra
Para celebrar o Novembro Negro, a Fundação Hemoba promove a roda de conversa "Dia Nacional da Consciência Negra e Doença Falciforme: o que tem a ver?", com Altair Lira, antropólogo, sanitarista e assessor de Relações Institucionais do Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF/Hemoba). As palestras serão realizadas das 14h às 15h30, no Centro de Referência, na próxima segunda-feira (18), e no Hemocentro Coordenador (Av. Vasco da Gama), na terça-feira (19), em Salvador. “A atividade abordará a relação entre a questão racial e a doença falciforme, o vínculo sócio-histórico e os determinantes na construção das políticas públicas para as pessoas com doença falciforme”, explica Altair.
O Mês da Consciência Negra é um período de celebração da cultura afro-brasileira, de relembrar a luta pelos direitos e contra o racismo e discutir medidas para combater a desigualdade racial. Neste ano, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, será feriado nacional, aprovado pela Lei 14.759/2023. A doença falciforme é mais prevalecente (mas não exclusiva) em pardos e negros. Segundo dados do Ministério da Saúde, a Bahia tem a maior incidência da enfermidade no Brasil, com cerca de 10.000 pacientes, enquanto no país estima-se em torno de 60 mil pessoas atingidas. De cada 650 nascidos vivos no estado, um possui a doença, enquanto a média nacional é de um bebê a cada 1.000 nascimentos.
Anualmente, o CERPDF/Hemoba atende cerca de cinco mil pacientes da capital e do interior do estado, oferecendo serviços de assistência transfusional e farmacêutica, incluindo a dispensação de medicamentos de alto custo. Esta patologia genética e hereditária caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos que adquirem o aspecto de uma foice (falciforme), dificultando a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos. A detecção é feita através do exame eletroforese de hemoglobina, como o teste do pezinho, realizado gratuitamente antes do bebê receber alta da maternidade. A Bahia possui uma política especifica para a doença, definida pela Portaria Estadual Nº 566 de 21 de Julho 2022 (Política Estadual de Saúde as Pessoas com Doença Falciforme – PESPDF).
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