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domingo, 10 de novembro de 2024

Sarcopenia: o que é e como afetou o cantor Agnaldo Rayol

 

O ortopedista Thiago Alvim explica que essa condição costuma ocorrer de forma gradual, sem que o indivíduo perceba, sendo um processo que pode levar anos


Apesar da sarcopenia não ser um termo amplamente conhecido, muitos entendem seus efeitos. A sarcopenia nada mais é do que a perda de massa muscular e força física, que ocorre principalmente com o envelhecimento. Essa perda de massa muscular afeta a qualidade de vida e a longevidade, impactando o sistema imunológico, reduzindo a mobilidade e aumentando o risco de quedas e fraturas, entre outros problemas, como foi o caso do cantor Agnaldo Rayol, 86, que morreu após uma queda durante a madrugada na última segunda-feira (04/11).


De acordo com o ortopedista Thiago Alvim, sócio da Clínica Omane e pesquisador na área de terapia celular, essa condição costuma ocorrer de forma gradual, sem que o indivíduo perceba, sendo um processo que pode levar anos. “Entre as causas da sarcopenia estão alterações hormonais e fisiológicas próprias do envelhecimento, além do estilo de vida. Esses fatores aumentam o risco de mortalidade, devido à maior suscetibilidade a quedas, fraturas e outros traumas físicos”, explica.


A sarcopenia está intimamente ligada a várias condições sistêmicas comuns em idosos, como a osteoporose. Essas doenças compartilham um ciclo de agravamento, pois a perda de massa muscular compromete o equilíbrio, aumentando o risco de quedas que podem culminar em perda de densidade óssea, conta o especialista. “Com o avançar da idade, a redução de hormônios essenciais, como o estrogênio, hormônio da paratireoide e testosterona, impacta diretamente a saúde dos ossos. Estudos indicam que a terapia hormonal pode ajudar a manter a massa e a força muscular durante o envelhecimento, possivelmente reduzindo o impacto do tempo na massa muscular e corporal”, comenta Thiago.


O ortopedista reforça a importância de um atendimento multidisciplinar para o paciente. “O músculo está relacionado a funções imunológicas, endócrinas e de controle de infecções, além de auxiliar na regulação da glicemia. Portanto, é importante o acompanhamento de diferentes profissionais para entender como a condição afeta a qualidade de vida e atuar de forma individualizada”, acrescenta. 


Thiago Alvim também alerta que o sedentarismo e a má alimentação podem agravar a perda de massa muscular, causando limitações físicas e até problemas emocionais, como a depressão. “A ingestão adequada de nutrientes, especialmente proteínas, é crucial para preservar a massa muscular. Associar isso à prática regular de exercícios físicos, como musculação, pilates e atividades aeróbicas, fortalece os músculos, melhora a estabilidade, reduz o risco de quedas e ainda contribui para a redução dos riscos de desenvolver doenças degenerativas”, conclui.


Fonte Dr. Thiago Alvim

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