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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista

 

Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista - Seta é apresentado ao Governo da Bahia


Iniciativa busca combater desigualdades raciais e promover uma educação pública antirracista no Brasil. No encontro, que reuniu diversas secretarias, foi reafirmado o compromisso do Governo com políticas públicas de combate à discriminação 

 

Na perspectiva de enfrentar o racismo estrutural que prejudica a educação pública e acentua desigualdades raciais no Brasil, o projeto ‘Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista - Seta’ foi apresentado na manhã desta segunda-feira (25) para representantes de secretarias do Governo da Bahia. O encontro aconteceu na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e reuniu representantes da SJDH; da Coordenação Geral de Políticas de Juventudes (Cojuve), vinculada à Secretaria de Relações Institucionais (Serin); e das Secretarias de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) e Educação (SEC). 

 

Iniciada com uma dinâmica de apresentação para integrar os presentes, a reunião focou na exposição da missão e trajetória do projeto, bem como de suas metodologias, resultados, parcerias interinstitucionais e futuras propostas. Alcançando os estados de São Paulo, Maranhão, Goiás, Pará, Minas Gerais, Pernambuco, Amapá, Amazonas, Rio de Janeiro e, mais recentemente, a Bahia, o Seta atua a partir de um  “trabalho participativo de pesquisa, advocacy, formação e campanhas de mobilização liderados por redes de educação negras, quilombolas e indígenas ao longo de décadas”, conforme o seu portal oficial. A iniciativa tem se expandido para o exterior, tendo atuado em países como África do Sul, Suíça e Inglaterra. 

 


Formada por organizações da sociedade civil, o Seta foi formado para viabilizar a construção do Sistema de Educação Pública Antirracista no Brasil. Atuam nesta organização a ActionAId, Ação Educativa, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), Geledés - Instituto da Mulher Negra, Uneafro Brasil e a Makira-Êta - Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas. 

 


Seis são os resultados esperados, a partir da atuação do Seta e de seus parceiros - incluídos os governos nas esferas estadual e municipal: ‘Diálogo intergeracional sobre racismo e educação desenvolvido em lares, escolas, locais de trabalho e na mídia’; ‘Incorporação de uma abordagem interseccional para monitorar e avaliar o racismo na educação’; ‘Aprimoramento e implementação de políticas públicas de educação que garantam qualidade, equidade e oferta contextualizada’; ‘Formação para educadores e apoio financeiro a gestores de educação com autonomia para incorporar práticas educativas antirracistas’; ‘Transformação antirracista das comunidades e cultura escolar por jovens e estudantes’; ‘Mobilização de uma rede global sobre justiça racial na educação para transformar a igualdade racial em uma prioridade nas estruturas globais de educação’.

 


Participaram do encontro a superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da SJDH (SUDH), Trícia Calmon, acompanhada da coordenadora executiva, Lucinea Rocha; Carla Nogueira, coordenadora de jovens e adultos da SEC; Aline Teles, coordenadora do Sistema de Promoção da Igualdade Racial da Sepromi; Nivaldo Millet, coordenador da Cojuve, acompanhado da assessora Jéssica Ferreira; e as representantes do Seta, Luciana Ribeiro e Maria Corrêa. 

 

Ao final da apresentação, Calmon agradeceu às representantes do Seta, reafirmou a importância do projeto e, em nome das áreas presentes,  ressaltou a disponibilidade do Governo do Estado em colaborar com a iniciativa.  “Nós, o Governo da Bahia, estamos sim interessados no monitoramento, em um olhar externo, em colaboração em relação às políticas públicas antirracistas. Até porque precisamos que outros olhares percebam o que estamos fazendo. Então, se vocês puderem olhar para o que estamos fazendo aqui no campo da educação atirracista, com esse olhar ampliado em relação às áreas, e se puderem identificar lacunas, ou fortalecer caminhos, vai ser muito importante”, disse a superintendente, que completou, afirmando a necessidade de engajar a juventude baiana na pauta, que deve seguir no sentido da formação de uma rede ampla de defesa da igualdade racial e enfrentamento ao racismo na educação. 

 

 Fotos e reportagem: R. Reis / Ascom - SJDH.


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