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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

PF apreende R$ 1,5 milhão em avião fretado do “Rei do Lixo”


O dinheiro seria usado para “pagar propina em Brasília-DF”; a operação prendeu 17 pessoas.


A apreensão de cerca de R$ 1,5 milhão em dinheiro dentro de um avião que fazia a rota Salvador-Brasília ajudou a Polícia Federal (PF) a desvendar um esquema de propina envolvendo empresários e agentes públicos.


O dinheiro apreendido no dia 3 de dezembro deu origem à Operação Overclean, na terça-feira (10).


A ação, realizada em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), cooperou com a Investigação de Segurança Interna dos Estados Unidos.


Segundo os investigadores, o grupo criminoso movimentou R$ 1,4 bilhão e esteve envolvido no desvio de recursos públicos de contratos de engenharia, inclusive por meio de emendas parlamentares.


Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva. Entre os presos está o empresário José Marcos Moura, conhecido na capital baiana como “Rei do Lixo”.


Segundo a PF, o voo em que o dinheiro foi apreendido foi “organizado” por ele – líder indicado da organização criminosa. O pequeno avião está em nome de um serviço de táxi aéreo. A defesa dos investigados ainda não se pronunciou.


Além de R$ 1,5 milhão em dinheiro, a Polícia Federal também encontrou uma planilha no avião.


“[Documento] contendo relação de contratos e valores, com menção de ‘MM’ (possível referência a MARCOS MOURA), totalizando mais de R$ 200 milhões em contratos suspeitos no Rio de Janeiro e Amapá”, diz trecho do a decisão judicial que apoiou a operação.


O juiz responsável pelo caso, Fábio Moreira Ramiro, explica no despacho que a investigação da Overclean decorreu da investigação da CGU sobre o pregão eletrônico realizado pela Coordenação Estadual Dnocs em 2021.


“As operações do grupo foram estruturadas em operadores centrais e regionais que cooptavam funcionários do governo para obter vantagens ilícitas, tanto na direção como na execução de contratos. Após a assinatura dos contratos fraudulentos, as empresas inflacionaram valores e aplicaram cobranças a mais, repassaram propina através de empresas de fachada ou de forma que ocultaram a origem dos recursos”, informa a CGU.



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