Prêmio de Transativismo Paulett Furacão celebra Dia da Visibilidade Trans no Pelourinho
Evento, que acontece no Casarão da Diversidade, é realizado pela SJDH, através do CPDD/LGBT, em parceria com o Fórum de Pessoas Trans e Travestis da Bahia e o Conselho Estadual LGBTT
Hoje, é o Dia da Visibilidade Trans. Este ano, a data vai ser marcada pela realização da 2ª edição do Prêmio de Transativismo Paulett Furacão, que acontecerá das 17h às 19h, no Casarão da Diversidade, na rua do Tijolo, nº 8, Pelourinho, em Salvador. A iniciativa é da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através do Centro de Proteção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CPDD/LGBT), em parceria com o Fórum de Pessoas Trans e Travestis da Bahia e o Conselho Estadual de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis.
O Prêmio de Transativismo Paulett Furacão foi criado pela Coordenação de Políticas LGBT da SJDH, em parceria com o Fórum TT da Bahia, e teve sua primeira edição realizada em 2024, no Muncab (Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira). Mais de 80 lideranças, movimentos e instituições engajadas na pauta participaram da ação. O prêmio é uma homenagem a Paulett, uma emblemática liderança baiana do movimento de pessoas transexuais e travestis, reconhecida por sua luta incansável pela dignidade e pelos direitos da população trans.
“Essa premiação, que também comemora o Mês da Visibilidade Trans, celebra figuras políticas, instituições, organizações e lideranças do movimento social que, à semelhança de Paulett, dedicam suas trajetórias à promoção da igualdade, da inclusão e da defesa dos direitos humanos de pessoas transexuais e travestis, reforçando a importância do ativismo para a construção de uma sociedade mais justa e diversa”, afirma a coordenadora de Políticas LGBT da SJDH, Tifanny Conceição.
Mês da Visibilidade Trans
Janeiro é um mês dedicado a celebrar a visibilidade e a resiliência de pessoas transexuais e travestis. Conhecido como Mês da Visibilidade Trans, o marco tem raízes profundas na história da luta pelos direitos LGBT+. Originou-se quando em 2004 um grupo de Travestis, ocupou o Congresso Nacional e lançou a Campanha Travesti e Respeito em uma parceria com o então Departamento de HIV Aids do Ministério da Saúde. Essa campanha visava afirmar e garantir direitos e inclusão para a população Trans brasileira. De lá pra cá, em mais de 20 anos, instituições e movimentos organizados no Brasil e no mundo celebram essa data.
Ainda hoje, pessoas trans no Brasil, especialmente as mulheres trans e travestis, enfrentam um cenário de constante violação de direitos humanos, frequentemente motivada por preconceito e transfobia. O país, que ocupa o triste posto de ser um dos mais violentos do mundo para a população LGBTQIAPN+, tem registrado números assustadores de assassinatos, agressões e violações de direitos de pessoas trans.
Para Keila Simpson, coordenadora do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBTs, "celebrar esta data, nesse momento de recrudescimento da violência, se faz ainda mais necessário, mas também é importante dizer que a população trans não vai recuar um milímetro nem leiloar os seus direitos. Queremos mais políticas e mais direitos nas três esferas de governo. Homenagear pessoas em vida, dando nome a troféus ou outras ações também é necessário, porque precisamos fortalecer essas existências para que outras se juntem e ampliem cada vez mais essas vidas".
Ranking de violações
A Bahia ocupa a terceira posição no ranking de violações de direitos contra pessoas LGBTQIAPN+, conforme o relatório 2022 da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA). Em resposta a essa realidade, o Estado, em parceria com a sociedade civil, tem implementado políticas públicas articuladas e transversais, com o objetivo de assegurar os direitos humanos dessa população. Destacam-se, entre essas ações, as iniciativas do CPDD e do Cedap (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa da Bahia, que conta com um ambulatório exclusivo para o atendimento e acompanhamento de pessoas travestis, transexuais e não binárias. Este ambulatório dispõe de uma equipe multidisciplinar qualificada, composta por profissionais que asseguram um atendimento seguro e especializado, incluindo o acompanhamento no processo transexualizador.
Programação
17h – Apresentação Cultural (Apresentação do Prêmio)
17h15- 2ª Edição do Prêmio Paulett Furacão
Responsáveis: Tifanny Conceição e Paulett Furacão
Premiados: (2min de fala)
1º Bloco
Felipe Freitas; Fabya Reis; Augusto Vasconcelos; Olivia Santana; Luciana Rocha; Fabiana Galvão
2º Bloco (2min de fala)
Adriana Marmori; Nanci Rebouças; Ivete Sacramento; Karla Zhand; Adeloyá Magnoni
Apresentação cultural
3º Bloco (1min de fala)
Embasa; FUNDAC; AIRPORT; GAPA; Rede de Mulheres Negras da Bahia; Instituto Odara; Programa Corra Pro Abraço
4º Bloco (1min de fala)
Tieta; Tito; Téo; Cleide Rezende
18h45- Apresentação cultural + Coffee Break
Serviço
Evento: Prêmio de Transativismo Paulett Furacão
Data: 29 de janeiro (quarta-feira), às 17h
Local: Rua do Tijolo, 08, Pelourinho, no Casarão da Diversidade
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