No carnaval da Bahia, as tradicionais serpentinas terão que seguir um novo padrão: não podem ser metalizadas. A legislação estadual, promulgada nesta quinta-feira (13), veda a produção, venda e utilização de serpentinas metalizadas, com o objetivo de prevenir incidentes que envolvam a rede elétrica nos trajetos da festa. A penalidade pode oscilar entre R$ 5 e R$ 100 mil, conforme a magnitude do negócio e as circunstâncias da infração.
Conforme a nova lei, em situações de reincidência, as multas serão duplicadas. Para os vendedores de rua, a infração também leva à apreensão do produto. Clebson Santos, que há 20 anos vende produtos de carnaval no relógio de São Pedro, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, sempre se posicionou contra a utilização de serpentinas.
"Nunca trabalhei com serpentinas, pois considero as fitas perigosas, pois podem prender objetos e na fiação elétrica, causando um curto-circuito que pode resultar na morte de quem está abaixo." Acho que é uma medida adequada. "Tal como as pistolas de água, as serpentinas também deveriam ser banidas", afirmou.
Feijão Almeida/Governo da Bahia
João Vitor Almeida, soldado do Corpo de Bombeiros, elucidou o risco do manuseio do objeto. "As serpentinas metalizadas constituem um grande perigo durante o carnaval, pois conduzem eletricidade." Se entrarem em contato com cabos elétricos ou dispositivos elétricos, podem provocar curtos-circuitos e descargas elétricas.
No ano anterior, no circuito Dodô e Osmar, ocorreu um corte de energia de cerca de uma hora devido a isso. Esses curtos-circuitos, além de provocarem apagões, podem provocar faíscas e iniciar incêndios. Por outro lado, os choques elétricos podem causar queimaduras, lesões sérias e até mesmo morte", explicou.
Caíque da Silva, cantor e compositor de 26 anos, considera a nova legislação um avanço nos circuitos da capital baiana. "É crucial que nossos governos se empenhem anualmente em aprimorar nosso belo carnaval, considerado a maior festa do planeta."
A peça de carnaval pode ser vendida em papel, que não representa perigo quando em contato com a eletricidade.
Acidentes durante o carnaval
No ano passado, a utilização de serpentinas metálicas resultou em uma interrupção de uma hora no fornecimento de energia no circuito Barra-Ondina. Naquela época, a empresa Neoenergia Coelba, encarregada do serviço no estado, registrou outros incidentes que envolviam serpentinas durante o dia. A Bahia é o terceiro estado do Brasil a implementar a iniciativa. Desde janeiro de 2012, a lei está em vigor em Pernambuco e em Minas Gerais. O estado de Minas Gerais foi o pioneiro na proibição das serpentinas, após um incidente em Bandeira do Sul, em fevereiro de 2011, que resultou na morte de 16 pessoas e ferimentos em 55.
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