Coletivos Bahia pela Paz realizam primeira Escuta Comunitária em Feira de Santana
Representantes dos setores de educação, segurança, saúde e assistência social, moradores e lideranças comunitárias de Conceição e Mangabeira se reuniram para discutir propostas de redução da violência e de fortalecimento dos seus territórios
Com o propósito de ouvir e integrar as principais demandas de comunidades dos bairros de Mangabeira e Conceição, os Coletivos Bahia pela Paz realizaram sua primeira Escuta Comunitária na última quinta (3), em Feira de Santana. A atividade aconteceu na sede administrativa do Projeto, no bairro de Conceição, e reuniu representantes dos setores de educação, segurança, saúde e assistência social, além de agentes culturais, líderes religiosos e moradores desses bairros.
A proposta foi identificar os principais desafios enfrentados pelas comunidades e discutir possíveis soluções a serem implementadas no território para superar essas dificuldades. O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas, entre moradores, representantes de sete organizações sociais, quatro unidades de educação, três unidades de saúde, três projetos culturais, quatro serviços de assistência social, duas entidades religiosas e uma unidade de segurança.
Concebidos como espaços democráticos, nos quais a população tem a oportunidade de expressar suas demandas, desafios e vivências, as Escutas Comunitárias são base para a construção participativa dos Coletivos Bahia pela Paz. A próxima Escuta Comunitária, em Feira de Santana, acontece no dia 14 de maio e será voltada aos jovens dos territórios.
Durante a escuta, Frank Ribeiro, coordenador-geral do projeto em Feira de Santana, destacou o impacto dos Coletivos, que buscam ser um ponto de acolhimento e transformação para os jovens. “Os Coletivos Bahia pela Paz têm como missão garantir o acesso a direitos básicos, promover a paz e fortalecer as comunidades que mais precisam. Nossa atuação é voltada para jovens de 12 a 29 anos, oferecendo apoio por meio de formação político-cidadã, acesso a políticas públicas, fortalecimento de serviços locais, acompanhamento psicossocial, além da produção e difusão de conhecimento”, declarou.
Após a apresentação do projeto pelo coordenador-geral, os participantes foram divididos em subgrupos para discutir as temáticas de Educação, Segurança, Saúde e Assistência Social, áreas essenciais para o fortalecimento dos territórios abrangidos pelo programa Bahia pela Paz. Ao final dessa dinâmica, os resultados de cada segmento foram compartilhados entre os participantes, que deverão se encontrar novamente em uma reunião ampliada com a rede de apoio dos Coletivos.
Redes de Apoio
A importância da criação e do fortalecimento de redes de apoio e cuidado nos territórios onde estão localizados os Coletivos Bahia pela Paz foi ressaltada pelos participantes do encontro. Jonas Santos, diretor executivo do G.I.N.G.A (Gente Interessada no Groove Atemporal), compartilhou sua primeira impressão sobre os Coletivos Bahia pela Paz. “Meu projeto, Revisionismo Marginal, busca uma nova ótica sobre os jovens à margem da lei. O projeto Bahia pela Paz é maravilhoso, com portas abertas o tempo todo e um contato muito bom. A construção da rede de apoio é essencial, pois o cuidado com as comunidades vai além da periferia, abrangendo toda a cidade”.
Outra participante, Cláudia Ferreira, do projeto Ressoarte, também falou do seu entusiasmo com as possibilidades da rede de apoio. “Os Coletivos Bahia pela Paz trazem uma nova esperança. Eles abrem portas para trabalharmos juntos em prol de uma ascensão cultural, social e educacional, atendendo às diversas necessidades da população. Essa colaboração será muito boa para o crescimento e fortalecimento da nossa comunidade”.
Sobre o projeto
Os Coletivos Bahia pela Paz são uma iniciativa do Programa Bahia Pela Paz, instituído pela Lei Estadual 14.730/2024, cujo objetivo é desenvolver ações integradas e coordenadas de prevenção da violência letal e redução dos índices de mortes violentas intencionais (MVI), no estado.
Os Coletivos são espaços físicos implantados em localidades que possuem altas taxas de mortes violentas intencionais. A partir desses espaços são articuladas e desenvolvidas ações coordenadas de garantia de direitos e, sobretudo, de potencialização de iniciativas locais e suas forças vivas presentes nesses territórios, proporcionando oportunidades e garantindo direitos para adolescentes, jovens e suas famílias.
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