Emancipação Política de Irará completa 183 anos com festa

Foto antoniopessoacardoso.  

Município de Irará é liderado por Nassara, do MDB,  prefeito eleito no 1º turno em 2024. Nassara teve 53,84% dos votos dados a todos os candidatos. 

Durante as primeiras décadas da colonização brasileira, no século XVI, os religiosos da Companhia de Jesus, também chamados de Jesuítas, se estabeleceram nas proximidades do atual município de Irará, com a finalidade de evangelizar os indígenas. Irará era um município da Capitania de Todos os Santos, situado na sesmaria de Garcia D'Ávila. 

Suas terras foram exploradas pelos padres Jesuítas que se estabeleceram pelo norte, através do atual município de Água Fria. A exploração dessa região foi facilitada por duas correntes, uma no sentido oeste, através da Serra de Irará, em busca de ouro e pedras preciosas, e outra no leste, na caça ao povo indígena. Essas bandeiras deixaram um templo na Vila de Bento Simões e outro no arraial da Caroba.

A primeira exploração das terras no centro do atual município ocorreu em meados de 1717, quando Antonio Homem da Fonseca Correia construiu uma capela em honra a Nossa Senhora da Purificação, oferecendo-a ao seu filho, o padre. Ao lado da capela, foi construída uma casa de fazenda, dando origem ao povoado de Irará. Os primeiros habitantes eram os índios Paiaiás.

A Vila da Purificação dos Campos foi estabelecida pela Lei Provincial 173, em 27 de maio de 1842. A lei estadual no 100 de 8 de agosto de 1895 elevou a Vila da Purificação à categoria de cidade, dando-lhe o nome de Irará. Irará, cujo significado é "nascido à luz do dia", é de origem indígena. Irará deriva de "ARARA", uma espécie de formiga que surge após uma tempestade e era objeto de brincadeira dos indígenas.

 Foto alchetron.com/Irará

"Vamos celebrar os 183 anos de Emancipação Política do nosso município!"

E para comemorar essa data tão especial, está confirmado nossa festa no dia 27 de Maio: Milsinho Toque Dez, Galeguinho SPA e Nona! 

Além da programação festiva, a data marcará também o lançamento de um dos maiores programas de desenvolvimento da história de Irará. 

Irará é um município brasileiro situado no estado da Bahia, na região Nordeste.

Etimologia

Ver também: Topônimos tupis no Brasil

O nome Irará é uma alteração da palavra "arará" originária do tupi e se refere a uma espécie de formiga de asas brancas semelhante aos cupins. Arará significa nascida na luz do dia, pois estas formigas surgem com o nascer do sol.[5]

História

Inicialmente, a área era povoada por indígenas paiaiás, pertencentes ao grupo dos quiriris da nação dos tapuias. Com a chegada da Coroa Portuguesa no século em XVI, os padres jesuítas se estabeleceram com o intuito de catequizar os nativos e mantê-los longe dos colonos. A partir desse século, a região do atual município de Irará passou a fazer parte da sesmaria de Garcia d'Ávila, na Capitania da Baía de Todos os Santos.[6]

Duas correntes favoreceram o desbravamento dessa região: uma na direção oeste, pela serra de Irará (na busca de ouro e pedras preciosas) e outra ao leste, na caça ao gentio. Estas bandeiras deixaram uma igreja na Vila de Bento Simões e um templo no arraial da Caroba.

Em meados de 1717, se registram as primeiras explorações das terras no centro do atual município, onde Antônio Homem da Fonseca Correia edificou uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Purificação, oferecendo-a ao seu filho. Ao lado do templo, foi erguida uma casa de fazenda, dando início ao povoado de Irará, tendo, como primeiros habitantes, os índios paiaiás.

A atual região de Irará continuou ganhando espaço político ao longo dos anos e em 1832 a sede foi mudada da vila São João Batista de Água Fria para o arraial de Purificação dos Campos, e em 27 de maio de 1842, pela lei Provincial 173, a região recebeu o título de vila de Nossa Senhora da Purificação Campos. Em 8 de agosto de 1895 a Vila da Purificação foi elevada à categoria de cidade com o nome de Irará pela lei Estadual nº 100.[5]

Turismo

Em 2022, o ministério do Turismo emitiu um certificado que inclui Irará no Mapa do Turismo Brasileiro, pertencente a Zona Turística Caminhos do Sertão juntamente com outros 11 municípios da Bahia.[7]

Geografia

Irará está centrado numa zona de transição, entre o recôncavo e os tabuleiros semiáridos, sendo identificada como uma área de transição, uma espécie de “porta para o Sertão.[7] A região tem um clima seco, solos rasos e pedregosos, com vegetação misturada, floresta tropical ao leste e caatinga a oeste.[8]

Na porção leste, encontra-se a maior diversidade de espécies como a palmeira, o dendê, o babaçu, a umbaúba, sucupira, braúna, entre outros. Enquanto que na caatinga predominam plantas sub-xerófilas, com pequenas árvores ou arbustos, geralmente com espinhos.[8]

Demografia

População

De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município de Irará é de 28 043 habitantes.[9]

Economia

O município possui uma tradição no produção de artesanato e no cultivo da agricultura de subsistência, com destaque para o cultivo de mandioca, pois ela é a matéria prima para farinha de mandioca, que é base da economia municipal, sendo também o trabalho que mais absorve mão de obra dos moradores das zonas rurais. Além disso, o feijão e o milho também configuram como os principais produtos da economia Iraraense. Em Irará, maior parte da produção agropecuária é comercializada na feira livre da cidade.[8]

Iraraenses notáveis

Aristeu Nogueira,[10] advogado, político e membro do Partido Comunista Brasileiro na Bahia, integrou o Comitê Central Nacional, foi preso e torturado pelo regime militar. Em Irará, criou o CDC (Centro de Diversões e Cultura - 1940) e a Casa da Cultura de Irará -1983, além de incentivar o associativismo influindo para a fundação de diversos conselhos comunitários e de Associações Rurais.

Dida, ex-goleiro pentacampeão mundial.

Diógenes de Almeida Campos, geólogo (Universidade Federal da Bahia) e um dos mais importantes paleontólogos do Brasil, membro da Academia Brasileira de Ciências[11] e diretor do Museu de Ciências da Terra[12] no Rio de Janeiro.

Fernando Sant'anna, engenheiro, político, também importante quadro do Partido Comunista Brasileiro do estado, foi deputado federal por algumas vezes, tendo sido também deputado federal constituinte.

Gigi, músico, baixista de Ivete Sangalo, compositor e arranjador.

Tom Zé, cantor, compositor e multi-instrumentista.

Vera Felicidade, psicoterapeuta, criadora da psicoterapia gestaltista exposta em seus 8 livros.