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terça-feira, 27 de maio de 2025

Especialistas alertam para os riscos da banalização de medicamentos

 


Farmácias são alvo da Anvisa por propaganda irregular de Mounjaro: especialistas alertam para os riscos da banalização de medicamentos para emagrecimento


Com a chegada do remédio ao Brasil, ações de pré-venda e publicidade irregular acendem sinal de alerta. A nova regra da Anvisa exigirá retenção da receita médica para evitar uso indevido.


A chegada do medicamento Mounjaro ao mercado brasileiro reacendeu a discussão sobre o uso indiscriminado de medicamentos para emagrecimento. Com promessas de rápida perda de peso, o fármaco virou alvo de campanhas de marketing promovidas por grandes redes de farmácia — incluindo ações de pré-venda via WhatsApp e publicidade direta ao consumidor.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se posicionou sobre o caso nesta semana e classificou as iniciativas como irregularidades sanitárias, uma vez que o Mounjaro é um medicamento de tarja vermelha, sujeito a prescrição médica obrigatória e restrição total de propaganda ao público.


Especialistas da área da saúde consideram o episódio um alerta grave. “Medicamentos como o Mounjaro não podem ser tratados como produtos comuns e de venda livre. Estamos falando de uma substância com efeitos intensos no metabolismo, cujo uso inadequado resulta em sérios riscos à saúde e exige acompanhamento clínico rigoroso e individualizado. A nova exigência da Anvisa, que prevê retenção da receita a partir dos próximos dias, é uma medida importante, mas precisamos ir além”, afirma Lenyta Gomes, farmacêutica sênior da Voy.


A profissional ressalta que o uso de medicamentos dessa classe deve ser realizado junto a  uma jornada de cuidado próxima, supervisionada e multidisciplinar, com acompanhamento de médicos, farmacêuticos e nutricionistas. “É a única forma segura e eficaz de garantir resultados duradouros sem comprometer a saúde do paciente. Tratar um medicamento desse tipo como ‘produto de prateleira’ representa um risco para a saúde pública”, alerta.


Com o endurecimento das normas, a expectativa é de que o mercado se ajuste a um padrão mais ético de prescrição e acompanhamento, evitando que o uso de medicamentos potentes seja distorcido por ações comerciais ou promessas estéticas.

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