Foto: Cristiano Mariz |
Ao Supremo Tribunal Federal, ex-general do Exército confirma a minuta golpista, porém busca minimizá-la.
O ambiente no Supremo Tribunal Federal (STF) esquentou nesta segunda-feira, com o início dos depoimentos das testemunhas de acusação no caso do golpe após as eleições de 2022. O ministro Alexandre de Moraes repreendeu o ex-chefe do Exército na administração de Jair Bolsonaro, general Marco Antônio Freire Gomes, por considerar que ele apresentou ao Supremo uma versão distinta da que foi apresentada à Polícia Federal durante a fase de investigação.
Ao Supremo Tribunal Federal, Gomes Freire confirmou sua presença em uma reunião onde Bolsonaro apresentou uma minuta golpista. No entanto, ele minimizou o documento e negou qualquer conluio do almirante da Marinha no documento e disse não ter visto conluio do comandante da Marinha no apoio à tentativa de golpe.
"Ele expôs esses argumentos, todos fundamentados em elementos jurídicos, conforme a Constituição." "Não nos causou surpresa", afirmou. "Se você mentiu para a Polícia Federal, precisa confessar isso para a Polícia", declarou Moraes, interrompendo o general. Freire Gomes respondeu: "Depois de 50 anos servindo ao Exército, jamais seria capaz de mentir."
Antes do depoimento de Freire Gomes, Adiel Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, declarou ter recebido instruções da Diretoria de Operações da PRF para intensificar as abordagens a ônibus e vans durante as eleições de 2022.
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