Fernando Haddad, ministro da Fazenda, respondeu às acusações de seus colegas de governo de que não havia consultado o setor de comunicação do governo antes de anunciar na quinta-feira alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) juntamente com o congelamento de gastos.
A ação fiscal desencadeou uma intensa resposta do mercado, que a interpretou como uma tentativa de regulação do fluxo de capitais. Isso resultou em desgaste para o governo e levou a Fazenda a recuar, mantendo a isenção para investimentos no exterior. "Nunca houve participação da comunicação nos relatórios bimestrais de avaliação de receitas e despesas, como o da última quinta-feira." Isso foi discutido na mesa do presidente, que convoca os ministros que julga relevantes para a situação.
"Essa é a responsabilidade do presidente da República", declarou, acrescentando que o recuo foi uma escolha técnica que não foi debatida com Lula. De acordo com Haddad, a preservação da estrutura fiscal "depende consideravelmente mais do Congresso".
A pressa do governo em anunciar a redução do IOF para investimentos no exterior foi motivada pelo receio de um "efeito Nikolas", uma alusão ao deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), que, a cada episódio de descrédito do governo, publica vídeos de grande repercussão com críticas severas às ações. O objetivo era prevenir que o receio de controle de capitais se disseminasse, resultando até em um novo vídeo viral do legislador.
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