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Em meio à alta de juros de financiamento que tomam conta dos bairros da capital, o programa Minha Casa Minha Vida segue como alternativa para a classe média.
Segundo o último índice FipeZAP, uma alta de 8,13% no acumulado do preço dos imóveis residenciais nos últimos 12 meses, somado à valorização mensal desses espaços em capitais do Nordeste – como Salvador e João Pessoa – vem desanimando os compradores.
Os brasileiros que almejam o sonho da casa própria em 2025 observaram uma valorização de 1,87% somente no primeiro trimestre de 2025, indicando a curva de crescimento no preço dos imóveis. Há 10 anos, o preço médio do m² no Brasil equivalia a R$ 7.491 (março, 2015), enquanto o mesmo período deste ano alcançou R$ 9.185.
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Para quem deseja sair do aluguel na capital baiana, Salvador registra uma média de R$ 7.236/m², abaixo de capitais como São Paulo – R$ 11.497/m² e Rio de Janeiro – R$ 10.459/m². Entre os bairros da capital, a Barra lidera com valorização de 20% nos últimos 12 meses e média de R$ 10.784 /m². A localidade do Itaigara é a que menos pontuou no relatório: R$ 6.748 /m², com 4,2% no acumulado.
Expert no mercado imobiliário, o diretor da A&F POP, Anderson Ferreira, explica que a alta da Selic (14,75%) consequentemente puxou os juros bancários para cima, abrindo espaço para a alta na valorização cumulativa dos imóveis. “Dos bairros que acumularam alta no valor do metro quadrado pelo Índice FipeZAP, apenas um que está no programa Minha Casa, Minha Vida constatou alta: Rio Vermelho, com 8,4%. Isso mostra que o programa governamental está na contramão da alta no setor imobiliário na cidade. Se o mercado está oferecendo uma faixa de 10% no financiamento, o MCMV tem apenas 4% nas faixas mais populares”, elucida.
Anderson revela que a recente ampliação da Faixa 4 do Programa Minha Casa, Minha Vida veio para retornar a classe média ao mercado imobiliário, antes desamparada pela valorização contínua dos imóveis. Tendo em vista que até o ano de 2022, 1 em cada 5 soteropolitanos moravam de aluguel, conforme último Censo, a medida governamental propõe condições da casa própria para uma parcela populacional de pelo menos 120 mil famílias.
“É importante frisar como mudou a jornada para adquirir um imóvel em 2025. Até mais ou menos um mês, uma parcela significativa de Salvador ficava no limbo: não tinha renda baixa para ter subsídio, nem alta rentabilidade para bancar um imóvel sozinho. Outras mudanças significativas são importantes pontuar: o teto mínimo para as famílias agora da Faixa 4 é de R$ 8,6 mil e não mais R$ 8 mil. Além disso, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está mais flexível na compra de imóveis – dá até pra juntar o FGTS com outras pessoas (marido, esposa, irmão) e usar tudo na entrada do financiamento”, conclui.
Em 2025, o preço médio na venda de imóveis por m² em Salvador atingiu a alta de R$ 7.236. Em comparação há 10 anos, o preço médio anunciado na capital da Bahia era de R$ 4.441, uma diferença cumulativa de R$ 2795.
Lista dos bairros do Índice FipeZAP com variações percentuais por m²:
Barra – R$ 10.784/m² (+20,0%)
Caminho das Árvores – R$ 10.159/m² (+27,0%)
Ondina – R$ 9.320/m² (+23,1%)
Rio Vermelho – R$ 8.849/m² (+8,4%)
Pernambués – R$ 8.252/m² (+23,0%)
Brotas – R$ 7.865/m² (+35,8%)
Imbuí – R$ 7.637/m² (+12,2%)
Pituba – R$ 7.363/m² (+15,9%)
Graça – R$ 7.253/m² (+13,8%)
Itaigara – R$ 6.748/m² (+4,2%)
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