A fiscalização de empreendimentos na Bahia levou à apreensão de quatro toneladas de produtos de origem animal.
Na semana passada, foram apreendidas quatro toneladas de produtos de origem animal por estarem em desacordo com as normas ou por serem ilegais em estabelecimentos varejistas, como supermercados, açougues e mercados municipais.
A apreensão é consequência da 51ª fase da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), organizada pelo Ministério Público da Bahia. A ação foi conduzida pela equipe de Produtos de Origem Animal, que inspecionou 48 estabelecimentos no oeste da Bahia, especificamente nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Malhada, Riacho de Santana, Sítio do Mato e Carinhanha. Foram emitidos 20 autos de apreensão, com incineração da carga; 11 termos de notificação e uma interdição.
A FPI é uma iniciativa colaborativa que conta com a participação de 90 entidades, incluindo a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB). Representantes da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA) e do Conselho Regional dos Técnicos Industriais da Bahia (CRT-BA) estiveram presentes na Equipe de Inspeção de Produtos de Origem Animal. O Ministério Público do Trabalho (MPT) também participou do evento. Além de verificar se as normas de bem-estar animal estavam sendo cumpridas, a equipe também analisou as condições sanitárias do abate de bovinos e suínos, as condições do ambiente de trabalho e a contratação de profissionais qualificados para a função.
Abate regularizado versus abate clandestino
Os agentes da FPI do Rio São Francisco destacam a relevância do abate regularizado para garantir a qualidade dos produtos de origem animal consumidos. Se forem identificadas deficiências específicas que não representem riscos aos consumidores, os estabelecimentos serão notificados para realizar as correções e autorizados pelo governo para manter os protocolos de controle sanitário. Um médico veterinário estará sempre presente para supervisionar o serviço de inspeção, monitorar a rastreabilidade dos animais e assegurar a destinação adequada de todos os resíduos gerados no processo produtivo.
Por outro lado, o abate clandestino acontece sem nenhum tipo de controle sanitário, o que constitui um sério risco para a saúde pública, para o bem-estar animal e para o meio ambiente. Ademais, a carne proveniente desse método de abate não tem garantia de origem, podendo transmitir doenças zoonóticas, que são transmitidas de animais para humanos”, alertou a médica veterinária Andréa Kraychete.
O consumo de carne de origem clandestina, produzida em condições insalubres e em desacordo com as normas sanitárias, pode levar ao contágio humano por doenças como cisticercose, leptospirose, toxoplasmose, tuberculose, teníase, brucelose, gastroenterite, colite hemorrágica, salmonelose e febre tifóide.
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