Marisa Maiô: especialista explica a febre do programa de auditório feito 100% com GenIA
Doutor em Comunicação e Pesquisador Associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, Lucas Reis aponta as transformações iniciadas pelo ‘Programa Marisa Maiô’ e os impactos da GenIA da Google, VEO 3.
A nova febre entre os programas de auditório no Brasil é assinado pela apresentadora Marisa Maiô, que recentemente emplacou a audiência do X (ex-Twitter), Youtube e Instagram. De salto alto, cabelos curtos e trajada do seu irreverente maiô preto, a host do ‘Programa Marisa Maiô’ é tudo – menos real.
O humor debochado, sempre em sintonia com a repórter Juliana, é idealizado pelo artista independente, escritor e diretor Raony Phillips, que produz o programa de auditório utilizando a IA generativa de vídeos, VEO3, recém lançada pelo Google. Retomando a febre dos programas de auditório dos Anos 80 e 90, martirizadas nas vozes de Silvio Santos e Hebe Camargo, Marisa Maiô surge em meio às discussões sobre a inédita ruptura do digital e o mundo real.
De acordo com o Pesquisador Associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT-DD), Lucas Reis, a expectativa é que a ferramentas de criação de vídeo revolucione o mercado de trabalho e ressignifique outras dezenas de profissões. “Que Marisa Maiô é um fenômeno, é indiscutível. A Inteligência Artificial permitiu criar um programa com linguagem de TV, distribuído em plataformas digitais. Mas a grande sacada vem da capacidade criativa do Raony Phillips, que concebeu a personagem e é o roteirista das esquetes. Ou seja, a IA potencializa a criatividade humana, criando algo arrebatador. ”, elucida.
O Doutor em Comunicação explica que profissões como diretores criativos e artistas independentes, que é o caso do Raony, irão reacender ao mercado de trabalho, junto à desenvolvedores, curadores de conteúdo, analistas de conteúdo sintético, instrutores de storytelling, engenheiros e roteiristas de prompt aplicado à IA, e todo o mercado da creators economy. Outro insight proposto por Lucas é a disrupção na forma de encontrar novos trabalhos.
“Ainda estamos no início da revolução provocada por essa tecnologia. As ferramentas de IA dobram de capacidade a cada 3 meses. A Marisa Maiô não seria possível em abril deste ano. Em maio passou a ser, com o lançamento do Veo 3, pelo Google. Agora, podemos criar uma personagem humana, que interage com outras pessoas virtuais, de maneira fluída e com fala natural. Isso mostra como a evolução é exponencial. Em 3 anos, muito mais será possível, e o que passaremos a poder criar é inimaginável hoje.”, conclui.
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