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sábado, 16 de agosto de 2025

Medicina do esporte


Medicina do esporte: como Cristiano Ronaldo, Anderson Silva e Minotauro trataram lesões sem cirurgia


O ortopedista David Sadigursky explica como técnicas minimamente invasivas tem transformado o tratamento de lesões musculoesqueléticas no esporte de alto rendimento

 

A medicina regenerativa tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente no esporte de alto rendimento. Com o impacto direto na performance e na longevidade dos atletas, a busca por tratamentos menos invasivos e mais eficazes tem impulsionado avanços importantes na medicina esportiva. Entre as abordagens em desenvolvimento está o uso de ortobiológicos — técnica que utiliza o material biológico do próprio paciente e que ganhou visibilidade após grandes atletas mundiais recorrerem ao tratamento, como Cristiano Ronaldo, Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e Mike Tyson.


Segundo o ortopedista David Sadigursky, pesquisador na área de terapias celulares, a técnica tem se consolidado como uma alternativa complementar ao tratamento de lesões articulares e tendíneas, principalmente em situações que envolvem desgaste crônico ou falha na resposta aos tratamentos convencionais. “Pesquisas recentes têm ampliado o conhecimento sobre terapias biológicas na recuperação de lesões musculoesqueléticas, como o uso de concentrados de plaquetas e células mesenquimais, que buscam modular a inflamação e favorecer o ambiente intra-articular, aliviando dores e estimulando a cicatrização de tecidos”, conta o médico que tem formação nos Estados Unidos, Espanha e Coreia do Sul.


David explica que a ortopedia contemporânea avança para disponibilizar tratamentos menos invasivos, capazes de evitar ou adiar procedimentos cirúrgicos agressivos. Segundo ele, as abordagens terapêuticas podem variar de acordo com as necessidades e condições de cada pessoa. “Além do uso de ortobiológicos, abordagens consolidadas como a terapia por ondas de choque, infiltrações guiadas por ultrassom e fisioterapia podem ajudar na diminuição da inflamação, cicatrização dos tecidos e fortalecimento muscular”, detalha.


Entre os atletas que já recorreram às técnicas minimamente invasivas, o jogador português Cristiano Ronaldo foi um dos nomes mais comentados. De acordo com reportagens internacionais, ele utilizou terapia celular para acelerar sua recuperação após uma lesão no joelho, antes de uma fase decisiva da Champions League. O lutador de MMA Anderson Silva também fez uso da técnica após fraturar a perna em uma luta em 2013 — lesão considerada grave, que comprometeu a tíbia e a fíbula. O ex-campeão Rodrigo Minotauro e o boxeador Mike Tyson também buscaram a terapia com o objetivo de tratar dores crônicas e lesões acumuladas ao longo da carreira.


Casos como esses mostram o potencial da ortopedia contemporânea no suporte à performance e à longevidade esportiva, além de possibilitar que pacientes não dependam tanto de cirurgias invasivas no tratamento de lesões. “Estamos falando de atletas que dependem do próprio corpo como ferramenta de trabalho. O tempo de recuperação, o alívio da dor e a melhora da função são fatores críticos para que possam seguir competindo em alto nível”, destaca David.


“É importante deixar claro que o uso dessas tecnologias deve englobar um tratamento integrado de reabilitação, fisioterapia, fortalecimento muscular e correção biomecânica, sempre levando em conta as particularidades de cada paciente e oferecendo uma nova perspectiva para quem convive com dor crônica, desgaste articular ou lesões de difícil cicatrização”, reforça.


Com trajetória extensa no campo da pesquisa e da educação, David Sadigursky é um dos criadores do OrthoBIOS, ao lado do ortopedista Ronald Barreto, onde desenvolvem estudos em terapias celulares e promovem cursos de capacitação para médicos na área de intervenção em dor e medicina ortobiológica. Além disso, David é diretor do centro de estudos em terapias celulares da Omane – o primeiro laboratório de manipulação celular do Nordeste, dedicado à pesquisa de terapia celular para o tratamento de lesões ortopédicas, aprovado em Comitê de Ética e pesquisa.


“Nos dedicamos à pesquisa e ao ensino sobre os ortobiológicos para encontrar soluções eficazes e seguras para proporcionar alívio da dor e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nossa prática envolve desde a coleta até a manipulação e preparo dos produtos, com avaliação científica dos métodos utilizados, sempre com rigor técnico e excelência acadêmica e clínica”.


Sobre David Sadigursky


David Sadigursky é ortopedista graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestre em Cirurgia do Joelho pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Ele realizou fellowship em Doenças da Cartilagem e trauma esportivo na Harvard Medical School, em Boston, EUA, e em cirurgia ortopédica de artroplastia do joelho no Hospital CLINIC, em Barcelona, Espanha. 

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