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Após meses de impasse, Israel e o Hamas chegaram a um acordo para a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos — um avanço há muito aguardado que pode abrir caminho para o fim da guerra de dois anos na Faixa de Gaza. O presidente Donald Trump, que atuou como mediador do entendimento, anunciou o acordo em suas redes sociais, afirmando que ambas as partes aceitaram a primeira fase de seu plano, que inclui a retirada das tropas israelenses até uma linha previamente acordada. Catar, que participou das negociações, e o próprio Hamas também confirmaram, em comunicados separados, que o acordo permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Os detalhes do pacto ainda não foram divulgados, incluindo o cronograma e os termos exatos da troca, além da localização precisa da linha de retirada. “Este é um GRANDE dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América. Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para tornar este evento histórico e sem precedentes possível”, declarou Trump em sua plataforma Truth Social. (New York Times)
Horas depois da postagem de Trump, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que convocará o gabinete de governo ainda hoje para aprovar o acordo de cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns. “Um grande dia para Israel. Amanhã convocarei o governo para aprovar o acordo e trazer todos os nossos preciosos reféns de volta para casa”, escreveu no X. A votação do acordo está prevista para o meio-dia (hora de Brasília). (Haaretz)
A expectativa é de que o cessar-fogo tenha início ainda hoje. Assim que as batalhas forem suspensas, o Hamas poderá recolher os corpos dos reféns mortos para que sejam devolvidos a Israel posteriormente. Atualmente, 48 reféns permanecem em Gaza, dos quais 20 são considerados vivos, de acordo com as informações repassadas às partes envolvidas. De acordo com esses negociadores, há a expectativa de que os reféns que ainda estão vivos possam voltar a Israel neste próximo sábado ou domingo. Haveria uma chance remota de que alguns deles possam ser libertados ainda hoje. (Times of Israel)
Enquanto cidadãos israelenses foram às ruas comemorar o anúncio do acordo e a expectativa de libertação dos reféns, o líder da oposição Yair Lapid defendeu que Trump receba o Nobel da Paz, que vai ser anunciado na sexta-feira. “Não há ninguém que mereça tanto esse prêmio e a gratidão eterna do povo de Israel”, disse. (Times of Israel)
O governo israelense, no entanto, avalia que o Hamas pode não conseguir encontrar e devolver todos os corpos dos reféns mortos em Gaza. As autoridades israelenses acreditam que o grupo palestino não sabe a localização exata ou não tem meios para recuperar os restos mortais de parte dos 28 reféns mortos que permanecem em Gaza. A estimativa é de que o número de corpos desaparecidos varia entre 7 e 15. As estimativas se baseiam em relatórios de inteligência israelense e em mensagens trocadas com o Hamas e mediadores internacionais durante sucessivas rodadas de negociação. (CNN)

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