1ª Primavera Literária de Prado chega ao fim já com expectativa para próxima edição
No último sábado, dia 1º de novembro, se encerrou a Primavera Literária de Prado, deixando na cidade um clima de poesia, arte, cultura e diversidade. Expectativa é de que o evento, que contou com o apoio do Governo do Estado, da Fundação Pedro Calmon e da Prefeitura Municipal de Prado, se firme como parte do calendário anual da cidade.
Durante os três dias de programação, o público pôde vivenciar uma rica mistura de lançamentos de livros, rodas de conversa, mesas temáticas, contação de histórias e espetáculos teatrais, que abordaram temas potentes como literaturas antirracistas, a revitalização da língua Patxohã, a influência da cultura africana na formação da identidade brasileira e baiana, além da celebração da diversidade em suas tantas expressões.
Escolas públicas da cidade tiveram a oportunidade de apresentar projetos dos alunos no festival, como o “Meu livro, Minha voz!”, que levou mais de 40 livros escritos e ilustrados por crianças de 6 a 15 anos para serem vendidos e autografados para os visitantes.
Durante o mês de outubro, 24 oficinas de variados temas foram oferecidas gratuitamente nas escolas da cidade e as produções dos alunos foram expostas no evento oficial. Paralelo a isto, a Secretaria Municipal de Agricultura também foi uma parceira da Primavera e levou a comunidade para expor seus produtos orgânicos na Feira de Agricultura Familiar.
As noites de shows deram o tom vibrante do festival, com apresentações de Afropecado, Katha Maathai, Marujada de São Benedito e muitos outros artistas, que encantaram o público e reforçaram a conexão entre arte, literatura, cultura e música.
De acordo com os curadores da Primavera Literária de Prado, Ana Dumas, Vanessa Malheiros e Wayner Tristão, a experiência marca um novo momento para a cidade:
“A Primavera Literária de Prado nasce como um espaço de encontro entre a literatura e as muitas vozes que formam nossa identidade cultural. Foi emocionante ver o público se reconhecer nas histórias, nas falas e nas canções. Esse é só o começo de um movimento que quer florescer junto com o povo”, afirma Ana Dumas.
Mais do que um evento literário, a Primavera Literária de Prado se firmou como um movimento cultural de valorização da palavra e do território em uma grande celebração da arte e da identidade.
Em sua primeira edição, o festival aconteceu no Mercadão São Sebastião, onde grande parte da comunidade local vive. A Primavera Literária de Prado quis, com isto, reforçar a ideia de que a palavra floresce onde o povo está — e em Prado, ela floresceu com encantamento.


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