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domingo, 2 de novembro de 2025

Mudanças climáticas agravam casos de picadas de escorpião

 

Acidentes com escorpiões disparam 150% no Brasil: crise é agravada por mudanças climáticas e urbanização


De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados mais de 126.637 mil casos no Brasil neste ano, com 148 mortes confirmadas


São Paulo, outubro de 2025 - A alta incidência de casos que envolvem picadas de escorpião tem chamado a atenção de especialistas médicos no Brasil e é motivo de preocupação ainda maior para a população com a chegada do calor. O Ministério da Saúde registrou mais de 126 mil casos no Brasil neste ano, com 148 mortes confirmadas até setembro. 


Esse crescimento não é sazonal, mas sim uma tendência histórica, com um estudo recente publicado na revista Frontiers in Public Health alertando que os casos de picadas no país cresceram 150% em menos de uma década (entre 2014 e 2023). Este cenário de "epidemia silenciosa" é impulsionado por uma complexa interação de fatores ambientais, sociais e biológicos.


De acordo com o estudo, a urbanização desordenada e as mudanças climáticas desempenham um papel central no problema. Verões mais quentes e a alternância entre períodos de chuva intensa e seca facilitam a proliferação das populações de escorpiões, que são criaturas altamente adaptadas a ambientes quentes e úmidos. O crescimento de cidades com infraestrutura e saneamento inadequados cria o habitat ideal para a proliferação, já que os escorpiões vivem na rede de esgoto e podem invadir residências facilmente pelos encanamentos. O acúmulo de lixo e entulhos em áreas urbanas oferece abrigo e recursos abundantes para esses animais.


De encontro com essa tendência, o Radar Whitebook, ferramenta que utiliza inteligência artificial para identificar possíveis surtos de saúde, registrou em setembro um aumento de 300% na procura de informações sobre picada de escorpião preto em relação aos meses de julho e agosto. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou 28 mil casos de acidentes com escorpiões neste ano, liderando o ranking entre os estados brasileiros, seguido por Minas Gerais, com 21 mil casos, e Bahia, com 12 mil registros. Em julho do ano passado, a capital paulista havia registrado 2.639 ocorrências e neste ano, o valor subiu para 3.359, um aumento de 27,3%.


A especialista médica da Afya Dayanna Palmer ressalta que é fundamental redobrar os cuidados nesta época do ano, principalmente em áreas de maior risco, como terrenos baldios, pilhas de entulho e madeira acumulada, locais que favorecem a presença do escorpião. “A atenção deve ser ainda maior com crianças e idosos, considerados mais vulneráveis aos efeitos do veneno. Em caso de picada de escorpião, a orientação é procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo, evitando medidas caseiras, já que o atendimento rápido faz toda a diferença,” continua Palmer. Segundo ela, as regiões mais vulneráveis às picadas são dedos, mãos e pés.

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