Salvador recebe 2ª edição da Expo do Cuidado, mostra interativa sobre prevenção da gravidez não desejada na adolescência
A partir do dia 2 de dezembro, Salvador será palco da 2ª edição da Expo do Cuidado, no Instituto Anísio Teixeira (IAT). Integrando o projeto Oxe, me respeite - nas escolas, a mostra será lançada às 10h, no auditório 17 do Instituto. A exposição apresenta a adolescentes de 12 a 19 anos (estudantes do 6º ao 9º ano e do Ensino Médio) uma experiência imersiva sobre prevenção de gravidez não intencional na adolescência, relacionamentos respeitosos e masculinidade positiva, distribuída em estações temáticas com atividades dinâmicas e conteúdos interativos.
A abertura contará com uma mesa especial com representantes do UNFPA; da Secretaria das Mulheres do Estados da Bahia; da Secretaria de Educação do Estado da Bahia; da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia; da Organon; e do IAT. A proposta é ampliar o debate sobre o impacto do impacto da gravidez não intencional na adolescência na vida de jovens e suas famílias. Após a mesa de abertura e uma breve apresentação da exposição, será realizada uma visita guiada para as autoridades e estudantes presentes. Após ciclo em Salvador, o Governo do Estado da Bahia se propôs a incluir essa ação de forma itinerante em outros municípios do Estado.
A primeira edição da Expo do Cuidado ocorreu ano passado, em Manaus, onde alcançou ampla participação de estudantes. Em Salvador, a expectativa é que a mostra no IAT receba mais de dois mil lunos da rede pública até março, quando inicia sua itinerância em outros espaços e eventos da Bahia, por meio do projeto Oxe, me respeite - nas escolas, uma iniciativa das Secretarias das Mulheres e de Educação do Estado da Bahia, com apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A exposição, que integra a programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, é uma realização do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Governo da Bahia, por meio da Secretaria das Mulheres do Estado da Bahia (SPM), da Secretaria de Educação (SEC), da Secretaria de Saúde (SESAB) e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). A iniciativa conta com apoio da Organon e parceria do Instituto Anísio Teixeira e do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade da UFBA.
Conteúdo da exposição
Com linguagem, propostas e estratégias inovadoras, incluindo recursos de gamificação, a exposição foi pensada para dialogar diretamente com adolescentes e para se adaptar ao contexto local. A visita é inteiramente mediada por monitores, que acompanham os estudantes em todas as etapas da experiência. A mostra é estruturada em um portal de entrada, quatro estações temáticas e um Epicentro. São eles:
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Estação I - INFOZONA - Conhecendo seus Direitos
Apresenta informações relacionadas aos direitos dos estudantes.
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Estação II - CUIDA AÍ - Contracepção e Prevenção
Informa e sensibiliza sobre cuidados e atitudes que contribuem para escolhas saudáveis em relação à contracepção e à prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.
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Estação III - SE LIGA AQUI - Seu corpo, suas escolhas
Aborda diferentes tipos de relacionamento e orienta sobre como buscar ajuda, se necessário.
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Estação IV - ESCOLHA + - Explorando suas opções
Convida os participantes a refletir sobre futuro e projetos de vida, apresentando possibilidades relacionadas à trajetória educacional, profissional e pessoal.
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Epicentro: Reflexões coloridas
Dados gravidez na adolescência
A gravidez na adolescência, definida pela Organização Mundial da Saúde como aquela que ocorre entre jovens de 10 a 19 anos, representa um importante desafio de saúde pública. Os dados de 2023 mostram que o Brasil apresenta uma proporção de mães adolescentes (10 e 19 anos) acima do mesmo indicador em nível global. O percentual brasileiro é de 11,9% (SINASC), comparado a proporção mundial que é de 9,4% (World Population Prospects 2024). A gravidez na adolescência favorece a evasão escolar e amplia ainda mais a desigualdade social, sendo mais frequente entre meninas e mulheres com maior vulnerabilidade.
De acordo com um estudo encomendado pela Organon à Sociedade de Economia da Família e do Gênero, com dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde, de 2005 a 2023, negras, pobres, com pouca escolaridade e moradoras, principalmente, da Região Norte, são a maioria dessas mães adolescentes. Há 20 anos, eram 600 mil partos entre mães de 10 a 19 anos. Esse índice caiu pela metade, mas ainda afeta especialmente meninas e jovens negras e pardas, com 64% das incidências, contra 34,5% na população branca.
Já uma estimativa da Organon, elaborada a partir de dados do IBGE e da taxa nacional de 55,4% de gestações não planejadas, mostra que mais de 100 mil mulheres na Bahia engravidam sem planejamento todos os anos. E essa estatística, normalmente, vêm acompanhada de outra ainda mais triste: em 2024, o Estado contabilizou, de acordo com o painel de monitoramento da Mortalidade Materna do Ministério da Saúde, 396 óbitos de mulheres nas faixas etárias de 10 a 19 anos.
Serviço
Evento: Lançamento da 2ª edição da Expo do Cuidado - Oxe, me respeite - nas escolas
Data: 2 de dezembro
Local: Instituto Anísio Teixeira (IAT) – auditório 17
Endereço: Est da Muriçoca, sn - São Marcos, Salvador (BA)

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