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domingo, 20 de janeiro de 2019

Baianas levam tradição e beleza para a Lavagem do Bonfim


Símbolo cultural da Bahia e uma das peças fundamentais da Lavagem do Bonfim, as baianas são identificadas de longe. Com suas vestimentas engomadas, torços e colares, carregando seus jarros com flores e água de cheiro (mistura de água, flores e folhas) na cabeça ou nos braços, embelezam ainda mais os 8km de percurso, que vai da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia (no Comércio) até a Colina Sagrada (no Bonfim), com simpatia e sorriso inconfundíveis.

Responsáveis pela tradicional lavagem das escadas da Colina Sagrada, como forma de purificar a igreja e também os populares que foram à festa, um dos momentos mais aguardados da lavagem, as Baianas se juntam ao tapete branco formado por milhares de fiéis para agradecer, renovar a fé e reverenciar Oxalá, Senhor do Bonfim no Candomblé.

Engana-se quem pensa que apenas baianas mais experientes participam do cortejo. A tradição e ensinamentos são passados de geração a geração, tornando cada vez mais forte o sincretismo religioso.

As baianas de outros municípios não ficaram de fora. É o caso de Elieuda dos Santos, 39, que veio pelo segundo ano consecutivo diretamente do município de Tanquinho, localizado em Feira de Santana, somente para participar do cortejo. Com lágrima nos olhos ela descreveu o momento. “Estou aqui como representante da minha religião, o candomblé, e o que me deixa mais emocionada é ver pessoas de várias religiões unidas com um único propósito, a paz. É uma sensação que não dá para descrever. É de arrepiar. É algo divino mesmo. Esse momento significa gratidão e fortaleza. Que Oxalá nos dê um ano de muito axé”, afirma

História - O culto ao Nosso Senhor do Bonfim começou em 1745, quando a imagem do santo foi trazida pelo capitão Português Teodósio Rodrigues de Farias, cumprindo uma promessa que fez depois de ter sobrevivido a uma forte tempestade. As homenagens, no entanto, iniciaram de fato em 1754, ano em que a imagem foi transferida da Igreja da Penha, em Itapagipe, para a sua própria igreja, construída na Colina Sagrada. Segundo relatos históricos, a lavagem do adro da Basílica começou a partir dos moradores da região, que lavavam a igreja para deixá-la pronta para a Festa do Bonfim. Por conta da dança durante o cortejo até a basílica, a limpeza foi proibida, em 1889, pelo arcebispo da Bahia Dom Luís Antônio dos Santos. Após a decisão, adeptos do candomblé começaram a fazer o cortejo para lavar as escadarias.

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