Que
o uso do filtro solar ajuda a prevenir o câncer de pele, todos já estão
cansados de saber. A novidade é que, quanto mais cedo for o início da
utilização, maiores são as chances de
evitar a doença em sua forma mais grave, o melanoma. Essa foi a
conclusão de um estudo recente, publicado no Journal of the American Medical Association Dermatology,
após ser relacionada a incidência desse tipo de câncer em adultos com
hábitos de proteção
solar desde a infância e adultos que não tinham este hábito durante a
infância. O estudo conclui que pessoas que usam o filtro solar desde
pequenos terão 50% menos chances
de desenvolverem a doença na fase adulta.
De
forma geral, o câncer de pele é o tipo da doença mais frequente no
Brasil e corresponde a 30% dos tumores malignos registrados em todo o
país. A estimativa é que totalizem 6.260 casos
até o final deste ano, sendo 2.920 em homens e 3.340 em mulheres (2018 -
INCA). Sobre os tipos de câncer de pele, a dermatologista Clarissa
Felix, que atua no Plano Ambulatorial Boa Saúde, vinculado ao Grupo
Vitalmed, explica que existem vários, mas podem
ser divididos em dois grandes grupos: os não melanoma e o melanoma. Os
não melanoma são muito mais frequentes, porém geralmente com melhores
prognósticos. Já o melanoma, apesar de representar somente 3% das
neoplasias malignas do órgão, possui alta possibilidade
de provocar metástase.
Ainda
de acordo com a especialista, além da prevenção, é importante detectar o
tipo mais grave da doença de forma precoce. As pessoas devem estar
atentas a pintas
escuras e com bordas irregulares na pele, que podem ainda ser
acompanhadas de coceira, dor, crescimento, ou serem assintomáticas. “Idas regulares ao médico dermatologista podem ajudar a identificar a doença mais rapidamente, garantindo maiores possibilidades
de cura”, afirma Clarissa Felix.
Para
o diagnóstico, existe uma regra adotada internacionalmente, conhecida
como “ABCDE”. Através dela, podem ser identificados sinais da existência
de melanoma na pele. Lembrando que
a análise precisa ser feita por profissional da área. São eles:
·Assimetria: uma metade
do sinal é diferente da outra;
·Bordas irregulares: contorno
mal definido;
·Cor variável: presença
de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
·Diâmetro: maior que seis
milímetros;
*Evolução: a lesão vem apresentando modificações, como crescimento, sangramento, dor.
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