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segunda-feira, 11 de julho de 2011

A derrota do Brasil e os méritos da Rússia

Não deu para o Brasil na final da Liga Mundial de Vôlei. A Rússia está diferente. O central Dmitriy Muserskiy disse que o técnico Vladimir Alekno mudou a mentalidade da equipe. Agora é a nova Rússia. E essa seleção, que já há algumas temporadas tem um bom time, mas sempre morria na praia, não se intimidou desta vez diante dos brasileiros.
Venceu por 3 sets a 2 (23/25, 27/25, 25/23, 22/25 e 15/11).
Mas para quem gosta de vôlei, foi um grande jogo. Surpresa: o Brasil, que sempre se caracterizou pela eficiência do seu ataque, fez menos pontos nesse fundamento que os russos, 54 a 63. O time do técnico Bernardinho também teve dificuldade para marcar o oposto russo, Maxim Mikhaylov. Ele foi o maior pontuador do jogo com 26 pontos. Ganhou um set sozinho. Ganhou também o prêmio de melhor jogador desta Liga e foi eleito também o melhor bloqueador.
Vale elogiar a ousadia do técnico russo. No segundo set, resolveu tirar o seu levantador titular, o Sergey Grankin, e colocou o reserva Alexander Butko, que não saiu mais da quadra. Com essa alteração, ele mudou a história do jogo. Butko acelerou mais as bolas de pontas e passou a acionar mais os centrais Volkov e Muserskiy. Resultado: os russos venceram o segundo set, o terceiro e colocaram pressão em cima do Brasil.
Detalhe: a Rússia errou mais do que o Brasil. Foram 37 erros contra 29 e mesmo assim ganhou o jogo. Foi o preço que pagou por apostar em um saque forçado. Só de saques errados, os russos deram 26 pontos de graça. Uma surpresa foi como a Rússia está defendendo. O time, que por tradição tem um jogo baseado no saque e bloqueio, está com um bom fundo de quadra.
Na entrevista coletiva, logo depois do jogo, o técnico Bernardinho disse que agora a comissão técnica e o time precisam descobrir as razões dessa derrota e que lição todos podem tirar desse jogo. O certo é que não dá para ganhar sempre, mas valem algumas considerações.
Até que ponto pesou a estratégia da comissão técnica de usar um time misto no jogo contra a Rússia na última sexta-feira e que custou para o Brasil uma derrota por 3 sets a 0? Ok, a partida valia apenas o primeiro lugar da chave já que os dois times já estavam classificados para as semifinais, mas deu moral para os russos disputarem a final. Tinham conseguido vencer um fantasma que os atormentava nos últimos anos. Uma questão para se pensar.
Um destaque positivo: o ponteiro Giba surpreendeu e fez uma bela Liga Mundial. Na última temporada, ele havia sido reserva. Soube aproveitar o fato de Dante não estar em plena forma e ganhou a posição. Parabéns para ele. Mesmo assim, teria sido ótimo também pode ter contado com Dante. Ele é um jogador fundamental para o Brasil. Sempre faz falta. Murilo mais uma vez foi um destaque. Ganhou prêmio de melhor recepção. Mereceu.
Uma preocupação é com relação à posição de oposto. Leandro Vissotto já havia sido irregular no último Campeonato Mundial. Théo segurou a onda. Está certo que nas semifinais e na final do Mundial, Vissotto voltou ao time titular e jogou muita bola, mas é sempre uma surpresa em quadra. Nesta fase decisiva da Liga Mundial, ele perdeu a posição para Théo. Um das qualidades do oposto é ser o porto seguro do time. Fica difícil ter um oposto tão irregular, mesmo que em algumas vezes ele seja brilhante. O bom é que o Théo jogou bem e foi premiado por isso. Foi eleito o melhor atacante da Liga Mundial.
O Brasil também já bloqueou mais. Rodrigão perdeu a posição para o Sidão, mas na final contra a Rússia retornou ao time. O central mais regular foi o Lucas. Fazia tempo que o Brasil não tinha problemas no meio da rede. Mais uma cornetada: o levantador Bruninho já foi mais ousado. Precisa arriscar mais, distribuir melhor o jogo. Em determinados momentos, concentra o jogo muito nas pontas e esquece os centrais.
Um destaque negativo nesta Liga Mundial foi a arbitragem. Muitos erros. No quinto set, por exemplo, o juiz errou feio. Logo no início dessa parcial, a seleção brasileira fez um bloqueio e a bola caiu totalmente dentro da quadra adversária. O placar saltaria para 3 a 1. O juiz deu vantagem russa e o jogo ficou empatado em 2 a 2. Esse erro não mudou a história do jogo, mas isso não pode acontecer ainda mais em um set com apenas 15 pontos.

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