Dezenas de caminhoneiros que passaram na manhã desta segunda-feira, 20, pelo posto Paraky II, na BA-093, próximo ao município de Simões Filho, foram abordados por uma equipe da Concessionária Bahia Norte, que promove a Semana de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em parceria com Ministério Público da Bahia e a Polícia Militar da Bahia através do Batalhão de Polícia Rodoviária. Colaboradores voluntários distribuíram panfletos, brindes e fixaram adesivos com o símbolo da campanha “Disque Denúncia: 100” nas carrocerias dos caminhões cujos motoristas apoiaram a causa. Foi o caso do mineiro João Carlos Nogueira, 44 anos de idade e 25 de estrada. “Todo mundo tem que se conscientizar. Quando uma menina se aproxima, eu falo logo: ‘sai pra lá que você é de menor (sic)’. Há mais de quatro anos eu apoio essa causa”, revela o caminhoneiro.
O posto Paraky II foi um dos escolhidos para ação por se localizar em uma área vulnerável à exploração sexual de crianças e adolescentes, por conta da grande movimentação de cargas que se destinam ao Centro Industrial de Aratu (CIA). “Os motoristas precisam de uma cobrança, de uma orientação”, diz Jomar Requião, sócio-gerente do posto de combustível.
Hoje, 21, a partir das 9h30, será a vez do posto Palmares, na mesma rodovia, receber os voluntários da Bahia Norte em prol do combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
A exploração sexual está na lista das piores formas de trabalho infantil, Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - apesar da proibição constitucional do trabalho de crianças e adolescentes menores de 16 anos, em todo Brasil, estima-se que cerca de 3,8 milhões da população entre a faixa etária de 05 e 16 anos exerçam atividades remuneradas ou forçadas no país. A exploração é um crime que acomete milhares de crianças e adolescentes brasileiras, na sua maioria, do sexo feminino, afrodescendentes, oriundas de famílias desestruturadas, pobres ou miseráveis.
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