Na semana em que os bancários sentam à mesa com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para discutir a insegurança nas agências um dado reforça a preocupação da categoria. No Brasil, foram registrados 1.693 ataques a bancos no primeiro semestre. Alta de 9,1% ante o mesmo período de 2013.
A média é de nove ocorrências por dia. Do total de registros, 403 foram assaltos e 1.290 explosões ou arrombamentos. A Bahia aparece em quinto na lista dos estados com mais ataques contra as agências, com 120 casos.
Em primeiro lugar aparece São Paulo, com 403 ocorrências. Depois, Minas Gerais (236), Paraná (182) e Rio Grande do Sul (125). A região Sudeste segue com o maior número de ataques (691), seguida do Nordeste (454), Sul (392), Norte (84) e Centro-Oeste (72).
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (25/08), são da 7ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pelo movimento sindical, com apoio do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Os bancários vão enviar uma cópia da pesquisa para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e para Polícia Federal, para reforçar a necessidade de discutir medidas de prevenção e proteção à vida das pessoas.
Falta investimento
Estudo do Dieese revela que os cinco maiores bancos em operação no Brasil (Itaú, Bradesco, BB, Caixa e Santander) lucraram R$ 28,3 bilhões no primeiro semestre. Mas, o dinheiro não é investimento em medidas de segurança.
Apenas R$ 2,4 bilhões da lucratividade foi destinada à equipamentos de vigilância. O valor representa 8,6% do total do ganho. Chega a ser vergonhoso para o setor que mais lucra no país.
Estatística da Febraban
Curiosamente, o número de assaltos no primeiro semestre divulgado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é bem inferior ao levantado pelo movimento sindical. São 186 casos contra 403 registros. A diferença é de 217 ocorrências.
A conta não bate. Por isso, os trabalhadores querem acesso aos dados de ataques. As organizações financeiras também não contabilizam os arrombamentos, o que é uma falha, já que a modalidade é bem praticada pelos bandidos, reflexo da falta de investimento em segurança.
Por conta disso, nos seis primeiros meses do ano, 32 pessoas morreram em decorrência de assaltos envolvendo bancos. O número é 6,7% mais alto do que o verificado no ano passado, quando 30 pessoas perderam as vidas.
Fonte Bancários Bahia
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