Conferência Nacional da OAB aprova plebiscito das diretas.
Na noite desta quarta-feira (22), a Conferência Nacional da OAB, reunida no Riocentro, RJ, aprovou a realização de plebiscito para consultar os 850 mil advogados e advogadas do Brasil, a fim de saber se apoiam ou não eleição direta do presidente nacional da entidade.
A proposta foi apresentada pelo presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana Queiroz, que defendeu voto federativo, ou seja, eleição direta em cada seccional, ganhando o voto do estado o candidato mais votado.
Em discurso vigoroso muito aplaudido, o presidente baiano defendeu coerência da OAB, que "não pode ter um discurso de vanguarda para fora e um discurso de retrocesso para dentro": "A mesma entidade que propõe uma reforma política para o Brasil, não pode deixar de fazer sua própria reforma democrática", afirmou.
Para surpresa dos presentes no Painel 36 da Conferência, o tesoureiro nacional da OAB, Antônio Oneildo, foi o único a votar contra a eleição direta, defendendo que continue o modelo de eleição indireta atual, realizada por 81 conselheiros federais e não por todos os advogados e advogadas do Brasil. Segundo ele, eleição com voto direto "tem data marcada para morrer no Conselho Federal da OAB", porque a maioria teria medo do poder econômico.
Os conferencistas aprovaram a proposta de Luiz Viana por ampla maioria. Prevaleceu o entendimento de que os presidentes seccionais de cada estado são eleitos pelo voto direto, sem que haja abusos, tendo em vista as regras que restringem a propaganda e o uso do dinheiro nas campanhas políticas na OAB.
"Os males da democracia se curam com mais democracia", encerrou o presidente baiano, entusiasmado pela estrondosa vitória.
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