Pacientes do Hospital Aristides Maltez recebem próteses mamárias externas feitas de resina plástica
Entre 2002 e 2014, três mil mulheres receberam próteses mamárias externas, confeccionadas com grãos de polietileno produzidos pela Braskem. As próteses externas são doadas para mulheres mastectomizadas que não querem ou não podem se submeter ao processo de reconstrução mamária
Cerca de três mil mulheres da Bahia receberam, entre 2002 e 2014, próteses mamárias externas, distribuídas pela Liga Baiana Contra o Câncer (LCC) do Hospital Aristides Maltez. Isso só foi possível graças às doações de polietileno realizadas pela Braskem, que resultou na confecção de 7,6 mil próteses externas. O polietileno é uma resina utilizada na produção de embalagens e utilidades domésticas, entre outras destinações, mas nas próteses mamárias externas, funciona como enchimento para o sutiã. As próteses mamárias externas são distribuídas gratuitamente às pacientes do HAM, que não podem ou não querem se submeter ao processo de reconstrução mamária.
"Inicialmente as próteses eram preenchidas com sementes de painço (cereal) misturadas com bolinhas de isopor. Mas com esse enchimento, as próteses tinham que ser trocadas com muita frequência, pois estragavam com facilidade. Com os grãos de polietileno os sutiãs resistem por mais tempo e as pacientes não precisam mais retirar a prótese para atividades como ir à praia ou à piscina”, explica Maria de Fátima, coordenadora do Grupo Voluntário de Apoio a Mulheres Mastectomizadas (GAMMA), da LCC.
Para o gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia, Emmanuel Lacerda, essa doação vai de encontro com o compromisso de conscientização social da empresa. “O plástico é uma matéria prima muito versátil e com enorme potencial de aplicação. É uma grande satisfação, para a Braskem, colaborar com o HAM/LCC e contribuir para a autoestima dessas mulheres em tratamento contra o câncer de mama, através da doação da nossa resina”, afirma.
As próteses são confeccionadas pelas próprias voluntárias da Liga Baiana Contra o Câncer (LCC) do Hospital Aristides Maltez. Após análise do Serviço de Fisioterapia do HAM, que avalia o tamanho em relação à outra mama para não ficar desproporcional, as próteses são entregues às pacientes. Ainda em tratamento, Arlete de Jesus Oliveira, 44 anos, moradora de Dias d’Ávila, é uma das pacientes beneficiadas com a prótese externa. “Agora não tenho mais vergonha de andar na rua. Antes as pessoas ficavam me olhando com curiosidade e querendo saber o que aconteceu", fala paciente do HAM que descobriu o câncer no seio há três anos.
Já para outra paciente, Maria Iomar Cabral, 57 anos, autoestima, bem-estar, qualidade de vida e voltar a sentir-se igual às outras mulheres em aparência, foram alguns dos sentimentos que surgiram quando começou a usar a prótese externa. “Levamos carinho, apoio e esperança para aquelas mulheres que, em alguns casos, se sentem mutiladas com a retirada do seio. A doação da prótese contribui para que elas se sintam mais bonitas e eleva a autoestima e isso ajuda o tratamento”, ressalta a coordenadora do GAMMA, Maria de Fátima.
0 comentários :
Postar um comentário