Conselho Municipal de Comunicação Social e democratização da comunicação foram alguns do temas debatidos por profissionais da área na noite de 24/09, no Teatro Alberto Martins. O evento integrou o III Festival de Cultura e Arte e foi organizado pelo Conselho de Cultura, através do segmento de audiovisual, novas mídias e radiodifusão.
A iniciativa teve como tema O Mercado de Comunicação: Conquistas e Desafios e abordou também assuntos como credibilidade e imparcialidade, piso salarial e carga horária de trabalho, a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista e novas possibilidades de atuação.
O coordenador de Comunicação da Prefeitura, Rogaciano Medeiros, destacou que a boa prática começa através da teoria e a organização do evento acertou ao buscar discutir questões tão importantes para o desenvolvimento da sociedade. Na avaliação do jornalista, o mercado vive um bom momento, mas para que melhore também para os profissionais é necessário que haja mais unidade, consciência coletiva e mobilização.
Rogaciano Medeiros também questionou o papel dos veículos de comunicação. “Atualmente, a mídia responde os anseios da sociedade?”, e emendou, “qual a comunicação que temos e qual pode atender melhor os interesses da sociedade?”, pontuou.
Para o presidente da AIC (Associação de Imprensa de Camaçari), Klênio Kirk, a comunicação é tão importante para a sociedade como a saúde e educação. “A comunicação é inerente ao ser humano e tem um papel social muito grande. Tudo que é passado às pessoas diariamente através dos veículos de comunicação tem relevância e pode construir ou destruir”, afirmou.
Na opinião do professor e jornalista, Jorge Alan, a oferta de mão de obra aumentou muito, bem como as oportunidades. Mas, os profissionais precisam ficar atentos quanto à atuação diária. “Só conquista credibilidade com o tempo, só consegue com postura e custa para se conseguir, mas para perder é rapidinho”, comentou.
A presidente do Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas da Bahia), Marjorie Moura, lembrou que a imparcialidade parte do pressuposto de ouvir todas as fontes e que ao fazer isso o jornalista está sendo ético. Marjorie Moura ressaltou também que existem 23 cursos de jornalismo na Bahia, mas nem todos estão sendo disponibilizados. A presidente do Sinjorba ainda motivou o público a empreender. “Hoje, o profissional prefere ter um emprego, no entanto, somos profissionais liberais, também podemos ter o nosso negócio”, provocou.
De acordo com a jornalista Ivani Gonçalves, o evento contribuiu para elucidar dúvidas. “É bom para quem está começando e também o profissional que já tem um tempo de carreia, pois foram discutidos direitos e deveres, tanto dos profissionais como das empresas de comunicação. Um evento como esse sempre tem o que acrescentar”, garantiu.
A mesa redonda foi mediada pela coordenadora de jornalismo da TV Câmara, Jany Silva, e contou com as participações do secretário da Cultura, Vital Vasconcelos, do conselheiro de Cultura no segmento de audiovisual, novas mídias e radiodifusão, Raimundo Moura, do coordenador geral do Sinterp (Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, TV e Publicidade do Estado), Everaldo Santos, e do representante da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Bahia), Diego Mascarenhas.
foto secult
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