A
reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) está em todos os jornais
principais do mundo. O resultado apertado da disputa contra o candidato Aécio
Neves (PSDB) e o novo desafio da presidenta reeleita de unir o Brasil tiveram o maior destaque na imprensa
internacional.
Em Portugal, o Público destacou A "eleição da mudança" deu afinal a reeleição a Dilma Rousseff.
O jornal escreveu
sobre a corrida presidencial mais imprevisível e emocionante, que
terminou com a reeleição e que terá 16 anos consecutivos de governo PT.
"Os brasileiros decidiram que a melhor forma de garantir a mudança era
manter o rumo político do país e reelegeram a Presidente Dilma Rousseff,
do Partido dos Trabalhadores (PT), que se tornou assim a formação
política com mais tempo consecutivo de poder desde o retorno da
democracia."
O El País, da Espanha, chamou
atenção para os desafios de Dilma no segundo mandato. "A crise
econômica e a corrupção vão marcar a nova Presidência". O jornal também
conta com um artigo em destaque, assinado pelo jornalista Juan Arias, do
Rio de Janeiro, intitulado A Mudança Terá que Esperar. "O medo
entre os mais pobres de perder o que conseguiram nos 12 anos de governo
petista prevaleceu sobre a incógnita de apostar em uma mudança", diz o
texto. O El País destaca ainda um perfil da presidente reeleita Dilma Rousseff, intitulado A Presidente com Caráter.
Na França, o Le Monde afirmou: "A presidente brasileira foi reconduzida ao posto na sequência de um segundo turno acirrado". Le Monde
menciona a derrota em São Paulo, principal colégio eleitoral do País,
porém "compensada pela vitória em Minas Gerais, o segundo colégio
eleitoral e feudo político de Aécio Neves".
O jornal argentino Clarín
deu espaço para o panorama externo: "Rumo a outra relação com os EUA e
uma revisão do Mercosul". Na manchete, o jornal destacou que Dilma
venceu por uma margem estreita "ao final de uma campanha duríssima,
cheia de denúncias e acusações mútuas". "Segundo analistas, a campanha
eleitoral de 2014 deixará como legado um país dividido, e pesa sobre os
ombros da presidente eleita a responsabilidade de buscar uma
reconciliação para enfrentar os delicados problemas econômicos e
políticos do Brasil."
Nos Estados Unidos, The New York Times
escreveu sobre a vitória numa disputa tumultuada, marcada por acusações
de corrupção, insultos pessoais e debates quentes. Segundo o The New York Times,
a vitória "endossa uma líder de esquerda que alcançou ganhos
importantes na redução da pobreza e na manutenção do baixo desemprego".
O Wall Street Journal apontou que "a disputa cáustica entre os candidatos expôs as linhas de fratura econômica e social da nação".
Para o Financial Times,
da Grã-Bretanha, "Dilma enfrenta agora a tarefa de unir um país
dividido pela campanha mais agressiva dos últimos tempos, de ressuscitar
uma economia que se arrasta e de pacificar mercados hostis." A rede
britânica BBC colocou fotos dos dois candidatos e o destaque:
"Presidente Dilma Rousseff foi reeleita para um segundo mandato, depois
de assegurar mais de 51% dos votos em uma eleição altamente disputada".
O La Nación, de Buenos Aires, escreveu: "A eleição mais acirrada: Dilma conseguiu só três pontos de vantagem sobre Aécio
Neves". O jornal também lembrou em sua versão na internet o
agradecimento a Lula no discurso da vitória, que fez "um chamado para a
paz e a união do Brasil.
O El Universal, da Venezuela, destaca na primeira página a reação de Aécio Neves, que reconheceu a derrota e destacou em seu discurso que a prioridade agora é unir o Brasil.
A revista alemã Der Spiegel cravou: "Foi uma corrida cabeça a cabeça", citando a pequena diferença de votos de Aécio.
Fonte: BBC
Foto: Jefferson Bernardes/AFP
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