Artistas renomados da cena baiana assinam nova identidade visual do VIVADANÇA Festival Internacional
Com ilustrações da cantora Rebeca Matta, fotografia do músico João Meirelles e design do artista visual Pedro Gaudenz, a 9ª edição do projeto continua a imprimir sua marca através de diferentes linguagens.
A convite da diretora, curadora e coreógrafa Cristina Castro, os artistas se reuniram em processo colaborativo para a criação da nova identidade visual do VIVADANÇA, em 2015. A partir de intervenções recíprocas e conjuntas, eles desenvolveram uma arte dinâmica e cheia de movimento, como é peculiar à Dança.
“Hoje em dia, é cada vez mais visível essa necessidade e essa tendência dos artistas contemporâneos se expressarem por meio de diferentes plataformas. Por essa razão, eu os convidei, por serem múltiplos, por produzirem arte em campos diversos, mas que aqui se encontram num processo de criação coletiva”, reflete Cristina Castro, diretora-geral do festival.
Os três criadores têm uma relação muito familiar, afetiva e íntima com a Dança. O músico e fotógrafo João Meirelles está no projeto desde o começo. O designer e artista visual Pedro Gaudenz (pelo segundo ano no VIVADANÇA) se revela um grande entusiasta e espectador dessa arte - desde a época em que vivia em Barcelona. Já a cantora e compositora Rebeca Matta (autora das ilustrações) enxerga muitas potencialidades nessa comunhão.
“Música, dança e imagens visuais sempre estiveram próximas. Uma é afetada pela outra. Uma pode tornar a outra mais forte e formar um campo muito potente de expressão. Meus trabalhos mais recentes já estavam muito conectados com a idéia de Movimento. Estou trabalhando com o desenho todo digital, mas ele se desenvolve da mesma forma que trabalho com o nanquim e a aquarela sobre tela. E encontrei uma linha que transforma o cenário em movimento, com o preto e o branco em formatos assimétricos, mas contínuos. Que se repetem, criam uma sensação de matéria em movimento. Interagem com tudo ao redor. Tomam conta do espaço, para que tudo que se move ali possa ser revelado”, conceitua Rebeca.
O diálogo entre os artistas se deu de várias formas, desde a escolha dos figurinos para os modelos, à direção de cena, composição e outras possibilidades criativas - porém preservando suas respectivas personalidades. Ou seja, suas singularidades. “O meu trabalho, por exemplo, é mais no sentido da adaptação, direção de arte, mas é um trabalho de intervenção conjunta, mútua, valorizando as ideias de cada um. O mais importante é que essas peças expressem movimento, como se pode perceber na fotografia de João Meirelles e nos próprios elementos das ilustrações de Rebeca Matta. Sem falar na própria cor que é muito dinâmica”, explica o designer Pedro Gaudenz.
Nesse contexto de trocas, encontros e processos criativos, há uma abordagem bem convergente: a importância desses cruzamentos propostos, a cada ano, pelo festival.
“Hoje em dia, os artistas estão sempre buscando se expressar a partir de outros canais, a gente não se sacia mais a partir de uma única linguagem. Isso vai ampliando nosso fazer artístico. E é muito importante que o festival promova esses encontros, que movimente o circuito da dança brasileira e fortaleça esse habitat de produção artística. Essa é a marca do VIVADANÇA”, compartilha João Meirelles.
Ano passado, a convidada para compor o grupo foi a artista visual Andrea May.
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